Publicado em: 22/01/2013 às 13:30hs
As ações da procuradora-geral da República em exercício, Sandra Cureau, argumentam que o novo Código Florestal, matéria que foi debatida por mais de uma década no Congresso, tem dispositivos inconstitucionais que tratam das "áreas de preservação permanentes, da redução da reserva legal e da anistia para a degradação ambiental".
Nas ações, a PGR pede a suspensão imediata de vários artigos da nova lei até que haja o julgamento final das ADIs.
Ainda segundo a PGR, "as normas questionadas estabelecem um padrão de proteção inferior ao existente anteriormente", diz a nota emitida pelo órgão nesta segunda (21).
Na avaliação de Cureau, o novo Cödigo Florestal também cria uma anistia aos desmatadores.
"Se a própria Constituição estatui (estabelece) de forma explícita a responsabilização penal e administrativa, além da obrigação de reparar danos, não se pode admitir que o legislador infraconstitucional exclua tal princípio, sob pena de grave ofensa à Lei Maior", argumentou a procuradora em uma de suas ações.
O novo Código Florestal foi aprovado após intensa negociação entre o governo e o Congresso. Dilma se envolveu diretamente nas conversas.
No primeiro semestre do ano passado, os congressistas aprovaram um texto que desagradou o Executivo. Dilma, então, vetou vários artigos e enviou uma medida provisória ao Congresso com uma nova proposta, que também gerou muita polêmica na Câmara e no Senado. A MP chegou a ser questionada no STF pela bancada ruralista do Congresso.
A medida provisória passou por novas alterações no Congresso e a presidente voltou a vetar alguns artigos e regulamentou essas lacunas por meio de decretos, que não precisavam de aprovação dos parlamentares.
Fonte: Reuters
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