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Pesquisa revela que MT tem as piores estradas do país

No Estado, só 16% da malha rodoviária foram bem avaliadas pela CNT


Publicado em: 31/10/2012 às 10:20hs

Pesquisa revela que MT tem as piores estradas do país

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) revela que mais de 84% das rodovias federais e estaduais pavimentadas em Mato Grosso estão em estado geral regular, ruim e péssimo.
 
A Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada na segunda-feira (29), aponta que, dos 4.464 km analisados pelas equipes técnicas da confederação – dos quais, 3.798 km são vias federais e 664 km são estaduais –, todos geridos pela administração pública, apenas 709 km foram avaliados como “bons” para o tráfego. Nenhum trecho foi avaliado como ótimo pela CNT. O levantamento é baseado na qualidade da pavimentação apresentada, na sinalização das rodovias e na geometria das vias.
 
Em Mato Grosso, dentre as rodovias analisadas, a sinalização e a pavimentação das vias foram os maiores problemas encontrados. A MT-320, por exemplo, que liga municípios "na faixa" de Nova Santa Helena a Alta Floresta, no Extremo-Norte do Estado, recebeu avaliação péssima em todos os quesitos. No Estado, o CNT analisou o estado das seguintes rodovias: MT-130/208/240/246/320/343/358 e BR-070/158/163/174/242/364.
 
Avaliação - No quesito pavimentação, apenas as BR-152/242 foram avaliadas como boa e ótima, respectivamente.  As demais rodovias tiveram o asfalto avaliado como regular (MT-358 e BR-070/163/174), ruim (MT-130/208/240/246/343) e péssimo (MT-320). O problema mais comum se trata de superfícies desgastadas (70%), trincas e remendos (19,9%) e afundamentos, ondulações ou buracos (5,8%).
 
Quando o assunto é sinalização, mais uma vez, problemas foram encontrados pelo CNT e as rodovias foram avaliadas como “ruins” e “péssimas”, com exceção das BR-158 e BR-242, avaliadas como tendo sinalização regular.
 
O maior problema, de acordo com o estudo, se trata da pouca visibilidade de algumas placas de sinalização – cobertas por mato (20%) ou inexistentes (13,1%) – e a legibilidade da sinalização existente, uma vez que algumas placas se encontram desgastadas (48,1%) ou totalmente ilegíveis (3,8%).
 
As pinturas das rodovias também foram avaliadas. A maioria da pintura da faixa central se encontra desgastada (86,9%) ou inexistente (9,7%). As faixas centrais seguem o mesmo caminho, com a pintura desgastada e inexistente em 97,8% das rodovias avaliadas.
 
Ligações rodoviárias - A pesquisa CNT de Rodovias fez também o ranking de 109 ligações rodoviárias, que são trechos que interligam territórios de uma ou mais unidades da federação. Segundo o estudo, essas extensões têm importância socioeconômica e volume significativo de tráfego de veículos de cargas e de passageiros.
 
Mato Grosso aparece cinco vezes no ranking. A primeira aparição é na 51ª posição, com as rodovias BR-060/163/359, que ligam Ponta Porã (MS) a Rondonópoli, trecho que foi classificado como “bom” pelos técnicos.
 
As rodovias que cortam o Estado voltam a aparecer no 72º lugar no ranking, com as BR-060/070/354/364, que ligam Brasília (DF) a Cuiabá, que foi considerada “regular” pelo CNT. Na 91ª posição está a ligação entre Cuiabá e Porto Velho (RO), também classificada como “regular”, e que compreende as rodovias BR-070/174/364.
 
Ligando Cuiabá a Barra do Garças Brasília (DF), foram avaliadas as rodovias BR-070/158/414/070. Essa ligação foi avaliada como “regular” e ocupa o 93º lugar no ranking. A última aparição do Estado na lista é na 105ª posição, com a ligação entre Alta Floresta e Cuiabá, formada pelas rodovias BR-163/364 e MT-320, classificada como “ruim” pelos técnicos da CNT.
 
Investimentos - A pesquisa aponta que é necessário um investimento de R$ 2,3 bilhões para a recuperação do pavimento das vias no Estado. Em 1.147 km de rodovias, a restauração se faz necessária, colocando um fim a trechos com trincas, buracos, ondulações e afundamentos, totalizando assim R$ 770 milhões, o que equivale a R$ 675 mil por km restaurado.
 
Para a manutenção de trechos desgastados, que somam 3.123 km, a CNT prevê um gasto de R$ 1,56 bilhão, equivalente a R$ 500 mil por km recuperado. Já para a conservação das rodovias, o investimento necessário é de R$ 186 milhões.
 
Para as rodovias com pistas simples de mão dupla (98% dos casos), que somam 4.371 km, a Confederação prevê um investimento de R$ 179,21 milhões – resultado de R$ 41 mil/km. As pistas simples de mão única, que somam 34 km, também deveriam passar por investimentos para conservação da via, num montante que soma R$ 2,55 milhões (75 mil/km).
 
Já para as rodovias com pista dupla, que somam 57 km, a CNT prevê a necessidade de investimentos RS 4,28 milhões (75 mil/km).

Fonte: Midia News

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