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Países subestimam importância de Seguro Agrícola nas Américas

Especialistas internacionais alertam para a fragilidade dos produtores da região diante dos desafios das mudanças climáticas e vulnerabilidade de mercado


Publicado em: 29/02/2012 às 17:50hs

Países subestimam importância de Seguro Agrícola nas Américas

Um produtor tem que lidar com eventos imprevisíveis, como as condições do tempo ou as oscilações do mercado. Trabalhando com colheita ou com abastecimento, um acidente pode acabar com a renda de um ano inteiro. Para lidar com este desafio, o fazendeiro pode contar com o suporte de um seguro agrícola.
 
Porém mesmo com riscos tão evidentes, na opinião de especialistas internacionais, os países da região subestimam a importância do Seguro como ferramenta essencial para a gestão de risco.
 
O III Simpósio Anual para a Facilitação do Desenvolvimento dos Seguros Agropecuários nas Américas, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), reuniu esta semana, em Washington D.C., representantes das maiores organizações de seguro da região e do mundo.
 
Dentre eles diretores do Banco Mundial (BM), da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (FIDES), da empresa caribenha Caribbean Risk Managers Ltda, da Associação Latinoamericana para o Desenvolvimento do Seguro Agropecuário (ALASA), a alemã Munich Re, o grupo suíço Swiss Re, da Agência Estadual de Seguros Agrícola (ENESA) da Espanha, e Mutualidade da Associação dos Proprietários de Imóveis rurais na Espanha (MAPFRE, sigla em espanhol).
 
Essas organizações compartilharam experiências na implementação do sistema de seguros agrícolas nas Américas e trocaram ideias sobre como trabalhar de forma mais eficaz, juntamente com outras agências, para gerenciar parcerias públicas e práticas do setor privado, visando expandir os seguros e a gestão de risco.
 
David C.Hatch, Representante do IICA nos Estados Unidos, alertou que se dar maior atenção ao impacto potencial dos seguros nas necessidades da comunidade agrícola.
 
“Falta ainda políticas, leis, instrumentos, crédito e investimento”, afirmou Hatch. Para corregir esta situação, a Representação do IICA no Uruguai está implementando um projeto regional para fortalecimento do setor na América Latina e Caribe (ALC).
 
O Projeto prevê capacitação na montagem e implementação de políticas e instrumentos modernos de gestão de risco aos setores público e privado. O IICA espera aumentar o número de países que contam com políticas públicas e mecanismos adequados de cobertura de seguro.
 
“Firmo o compromisso da Secretaria Geral da OEA no apoio aos esforços do IICA e da Secretaria de Desenvolvimento Integral da OEA em elaborar uma resposta eficaz aos desafios identificados nesse encontro”, afirmou o Embaixador Albert Ramdin, Secretário Geral Adjunto da OEA.
 
Os representantes do Banco Mundial confirmaram a disponibilidade de seguro agrícola e o bom desenvolvimento do mercado, em termos de matérias-primas e produtos na maioria dos países da região; o orçamento, infraestrutura, recursos humanos e tecnologia ainda são desafios chave para o setor.
 
A Caribbean Risk Managers Ltda disse que planeja desenvolver até três produtos na área de seguros na região do Caribe. Entre os países que se beneficiarão estão Jamaica, Granada, Santa Lucia, Belice e Guiana.
 
Com mais de 30 anos de experiência internacional, a ENESA salientou a importância de fortalecer parcerias, realização de fóruns, promover a coordenação entre representantes de áreas rurais, e desenvolver novas tecnologias para garantir o apoio financeiro a médio prazo e longo prazo.
 
A sessão terminou com a decisão unânime entre as agências e organizações participantes que o IICA continuará a liderar os esforços para promover soluções hemisféricas na redução da vulnerabilidade e mitigação de desastres.

Fonte: Assessoria de imprensa do IICA

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