No final da tarde de terça-feira (4/9), em audiência na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ambos sugeriram uma parceria entre o órgão e os Estados.

Em conversa com o presidente da Conab, Rubens Rodrigues, os parlamentares argumentaram que esta união de forças pode reduzir o impacto gerado pela falta do produto. “Acreditamos que se a Conab repassar aos Estados o valor que hoje paga pelo frete, cerca de R$ 250,00, os governos podem dar a contrapartida e buscar o insumo no Mato Grosso e Goiás, onde há o grão em estoque”, explicou Colatto.

Das 87 mil toneladas destinadas a Santa Catarina ainda faltam 27 mil toneladas a serem entregues. O problema é que não há transporte disponível. O valor do frete pago pela Conab está abaixo do preço de mercado, dificultando a contratação do transporte. Um leilão foi realizado no final de agosto, porém, conforme Colatto, para Santa Catarina foi inviável. “O prêmio do frete ficou em R$ 0,79 por saca, enquanto para o Nordeste a diferença chegou a quase R$ 5 a saca”, justificou Colatto. Para amanhã está agendado um novo leilão.

A Conab já apresentou ao Ministério da Fazenda uma proposta para aquisição de milho do Paraná. A ideia é adquirir 500 mil toneladas, das quais 300 mil seriam destinadas a Santa Catarina e o restante para o Nordeste. O valor solicitado pela Companhia para compra do produto foi de R$ 250 milhões com diferença de 15% no frete. Na primeira entre os órgãos, o Ministério se mostrou resistente a alternativa. De acordo com Rodrigues, uma nova reunião está marcada para dia 10 de setembro.

Além da sugestão da Conab ao Ministério, o presidente comprometeu-se em levar a proposta de Colatto e Gomes ao Governo para verificar a viabilidade, uma vez que a Companhia nunca efetuou ação semelhante. “Levaremos essa proposta ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, ainda hoje”, concluiu Colatto.