Publicado em: 20/01/2012 às 18:00hs
A opinião é do presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan.
A Secretaria é uma promessa do governo federal e deve ser implantada ainda em 2012, eleito pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o ano internacional do cooperativismo.
Na forma como foi anunciado, o novo órgão fará parte da estrutura do Ministério da Agricultura. O presidente da Ocesc, porém, entende que a futura Secretaria devia estar vinculada diretamente à Presidência da República em face de sua natureza multissetorial.
Zordan justifica que as cooperativas agropecuárias constituem o ramo mais expressivo, mas o cooperativismo está organizado em treze ramos, a maioria deles urbanos, como o crédito, saúde, educação, transporte, habitação etc. O segmento era historicamente agrícola, mas atualmente está presente em todas as áreas da economia. Por isso, a vinculação da nova Secretaria ao Ministério da Agricultura pode não ser a melhor opção.
“Vinculado à Presidência, as ações de apoio serão mais efetivas”, realça o dirigente. Entre as atividades previstas situam-se a captação de recursos destinados ao setor e o incentivo aos Estados para que participem do desenvolvimento das cooperativas.
O Brasil tem 6,5 mil cooperativas que congregam 9 milhões de famílias e geram renda – 100 bilhões de reais ao ano – para todos os elos da cadeia produtiva.
A intenção de alojar a futura Secretaria na pasta da Agricultura decorre do poder das cooperativas agropecuárias: de acordo com o Ministério da Agricultura, cerca de 50% de tudo o que é produzido no Brasil passam direta ou indiretamente por uma cooperativa agropecuária. Além do papel determinante no abastecimento interno, os produtos cooperativistas registraram uma receita de 6 bilhões de dólares em exportações.
Hoje, as 1.548 cooperativas que atuam no campo reúnem praticamente um milhão de famílias associadas, o que representa três milhões de pessoas. A maioria desses cooperados - 92% no total - é de produtores rurais de pequeno porte, que têm propriedades de até 100 hectares.
SOCIEDADE DE PESSOAS
Zordan acrescenta que elas desenvolvem um trabalho constante na educação, formação e informação do patrimônio, que, por não se tratar de sociedade de capitais, são as pessoas. “O trabalho exemplar das cooperativas com as pessoas, num futuro bem próximo, dará outra cara ao nosso País”.
Fonte: MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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