Os produtores já podem buscar os bancos para fazerem renegociação das dívidas. As dívidas de custeio foram prorrogadas e poderão ser pagas até 15 de fevereiro do próximo ano. Caso o produtor não consiga saldar, terá direito a uma segunda renegociação. As dívidas de investimento dos produtores de suínos poderão ser quitadas até um ano após vencimento da última parcela. O empréstimo para retenção de matrizes suínas aumentou de R$ 1,2 milhão para R$ 2 milhões por produtor. Também foi autorizado financiamento para estocagem de leitão vivo ao valor de R$ 3,60 o kg.

Para o vice-presidente da Frente Parlamentar da Suinocultura (FPS) no Congresso Nacional, Valdir Colatto (PMDB/SC), as medidas dão um fôlego ao setor que enfrenta uma longa crise, mas o Brasil continuará sentindo dificuldades nas cadeias produtivas que necessitam de milho e soja. As medidas foram anunciadas pelo governo após ações da FPS junto aos ministérios da Agricultura e da Fazenda e Presidência da República.

Ainda na quinta (2/8), Colatto esteve com o vice-presidente da República, Michel Temer, quando tratou da delicada situação enfrentada pelos suinocultores, bem como sua preocupação com a demora de medidas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). “Não há oferta de milho no mercado, o preço chega a R$ 40 a saca de 60 quilos e os plantéis de suínos e aves estão sem alimentos”, disse. A necessidade de Santa Catarina é de 200 mil toneladas de milho, número que já foi apresentado pela Frente para o MAPA.

Além dos suinocultores, foram prorrogadas dívidas dos arrozeiros em bancos privados, com vencimento das parcelas para o próximo ano. O Conselho Monetário Nacional também autorizou a prorrogação das dívidas dos produtores de laranja. A medida inclui parcelas que vencerão entre 1 de janeiro e 14 de fevereiro de 2013. O produtor que tiver dívida prorrogada fica impedido de contratar novos financiamentos.