Durante o encontro, várias informações foram apresentadas aos procuradores Rui Moraes e o Procurador da Bahia em Brasília Bruno Espinheira, que não tinham o conhecimento de que mais de 50% das terras em questão estão localizadas no município de Formosa do Rio Preto.

A reunião em Salvador para discutir o assunto contou com a participação de Produtores,  João Carlos Oliveira e Amauri Stracci, o Vice-presidente da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia - AIBA, Celestino Zanella, e o Vice Prefeito de Formosa do Rio Preto Gerson Bonfantti.

Com Goiás não houve acordo e a situação de limites entre os Estados será definida pelo Supremo Tribunal Federal, haja vista que a reunião entre as partes também aconteceu na terça feira em Salvador. Com Tocantins, a reunião de conciliação acontecerá no dia 8 de abril em Brasília. O que se espera é que haja um acordo já que o primeiro contato foi positivo, afirma Bruno Espinheira que vai conduzir o encontro em Brasília. O procurador acrescenta ainda, que no mês de junho a reunião será entre Bahia, Tocantins e Piauí.

O vice-prefeito de Formosa do Rio Preto Gerson Bonfantti avaliou a reunião como positiva. Salientou que agora o município de Formosa foi trazido para a discussão, antes estava de fora. A preocupação, segundo Bonfantti é que haja uma coerência e todos os municípios ganhem com isso, e a Bahia também.

Segundo o procurador Rui Moraes, a participação de Formosa, assim como de todos os outros munícipios que estão envolvidos na questão da divisa é importante para formar a posição do Estado neste processo.

A reunião do dia oito de abril em Brasília pode ser decisiva para a delimitação dos limites da Bahia. Espera-se que a conciliação aconteça com Tocantins.

O Estado do Piauí não se opõe as novas delimitações e acata o levantamento feito pelo Exército Brasileiro, posicionamento este defendido também pelos produtores que têm suas terras na região entre os limites de Formosa do Rio Preto com o Piauí e Tocantins.

João Carlos Oliveira é um dos produtores que participou da reunião. Ele defende as suas terras. “É uma história de vida, trabalho e dedicação por anos, e hoje eu corro o risco de perder isso para oportunistas e especuladores de outros Estados”, acrescenta João Carlos.
 
Informações de grande relevância foram apresentadas aos procuradores nesta reunião, o que de fato pode influenciar no desenrolar dos acontecimentos. Tudo ainda está em um nível especulatório. Futuramente poderá haver a participação jurídica dos municípios envolvidos diretamente no processo. Tudo dependerá do rumo que o processo venha a tomar. Segundo Espinheira vidas estão envolvidas e nada pode ser determinado simplesmente por um Decreto.