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Mudança no consumo beneficia agroindústria familiar

O aumento da exigência do consumidor em relação à qualidade dos alimentos e incentivos governamentais têm contribuído para a inserção de produtos da agricultura familiar no mercado brasileiro


Publicado em: 03/09/2012 às 08:20hs

Mudança no consumo beneficia agroindústria familiar

A consideração é do diretor do departamento de Agregação de Valor e Renda da Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Arnoldo Anacleto Campos. Ele participou, na manhã desta sexta-feira (31/8/12), do painel “Agroindústria familiar”, do Ciclo de Debates Agricultura Familiar e Desenvolvimento Rural Sustentável, realizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. O requerimento para o evento, que se encerra nesta tarde, é do deputado Rogério Correia (PT).

Para Arnoldo, a agroindústria se relaciona com o desejo do consumidor de comprar produtos diferenciados, principalmente após o crescimento da classe média nos últimos anos. Além disso, ele destacou que outra forma de escoamento da produção é a aquisição governamental, como escolas que compram alimentos para a merenda dos estudantes.

Conforme Arnoldo, o Governo Federal tem aprimorado políticas públicas para melhorar a qualidade da produção do pequeno agricultor. Ele citou o financiamento feito pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf Agroindústria), com juros de 1% ao ano e prazo de dez anos para pagar. Arnoldo explicou que muitos recorrem a empréstimos a fundo perdido e não conhecem o Pronaf Agroindústria.

Além do financiamento, Arnoldo mencionou que o Governo Federal investe não só em assistência técnica para a produção, mas em apoio para a gestão dos empreendimentos, rotulagem e venda dos produtos, aquisição de empréstimos, entre outros.

Desafios – Arnoldo Anacleto reconheceu que o setor precisa de mudanças para facilitar a produção e venda de alimentos da agricultura familiar. Ele considerou que é necessário reduzir impostos, simplificar a legislação sanitária para a agroindústria e organizar os empreendimentos para que eles atuem com profissionalismo e forneçam com regularidade ao mercado.

Minas investe em estratégias para aumentar a qualidade da agroindústria familiar, afirmam representantes

O gerente do Departamento Técnico da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater), Cláudio Augusto Bortolini, expôs dados de um estudo realizado pela instituição em 2009 com 1153 estabelecimentos rurais. Segundo o levantamento, os três alimentos que mais sustentavam o negócio eram leite (37% dos empreendimentos), cana-de-açúcar (24%) e frutas e vegetais (24%). Além disso, 50% dos estabelecimentos eram de pequeno porte.

Devido a esse quadro, a Emater vem investindo no desenvolvimento da agroindústria e na qualidade do queijo minas artesanal. Dentre os retornos conseguidos pela empresa estão o aproveitamento das potencialidadaes regionais, como a cadeia do pequi no Norte de Minas, e a divulgação dos produtos mineiros.

O acompanhamento e a orientação aos pequenos agricultores foram enfatizados pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). O gerente de Educação Sanitária e Apoio à Agroindústria Familiar da instituição, Gilson de Assis Sales, afirmou que levantamento feito recentemente com 700 agroindústrias do Estado indicou que 74% delas não têm registro no órgão sanitário. Por isso, uma das ações desenvolvidas pelo IMA é a elaboração de normas simplificadas para nortear os pequenos produtores em relação às condições de higiene.

Fonte: Assessoria de Imprensa ALMG

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