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Megassessão do Cade terá 135 casos de fusão e aquisição em análise

Troca de ativos entre Marfrig e Brasil Foods também vai ser analisada


Publicado em: 02/07/2012 às 19:00hs

Megassessão do Cade terá 135 casos de fusão e aquisição em análise

A resposta do órgão antitruste ao "boom" de fusões foi organizada em meio à mudança de sede do Cade da região central de Brasília para um prédio no fim da Asa Norte.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vai responder ao "boom" de fusões e aquisições dos últimos 30 dias com uma megassessão de julgamentos. Ao todo, há 135 negócios na pauta do Cade da próxima quarta-feira (4) - um recorde.

A grande maioria envolve fusões e aquisições simples que chegaram há menos de um mês e vão ser aprovadas rapidamente, num procedimento sumário, que deve demorar poucos minutos. Após a aprovação sumária, que deve atingir mais de 60 processos, o órgão antitruste vai gastar mais tempo com os casos considerados complexos.

Destaque


O grande destaque da pauta é a compra da Cimpor pela Camargo Corrêa, que deve ser aprovada, com condições às empresas envolvidas. A tendência é a de os conselheiros seguirem as linhas gerais do parecer do procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, que recomendou a aprovação da compra da Cimpor com restrições à Camargo e à Votorantim.

Além desse caso, o Cade também vai analisar a compra da Yoki pela General Mills, a troca de ativos entre a Marfrig e a Brasil Foods e a união entre os laboratórios Abbott e Sanofi-Aventis.

A resposta do órgão antitruste ao "boom" de fusões foi organizada em meio à mudança de sede do Cade da região central de Brasília para um prédio no fim da Asa Norte, na quadra 515. Enquanto as empresas notificaram 143 fusões em duas semanas, os conselheiros conviveram com marceneiros e peões de obra. Os gabinetes estão prontos, mas o plenário, onde todos esses casos vão ser julgados, ainda está em fase de montagem. Na sexta-feira (29), havia cadeiras improvisadas ao lado de entulhos e serragem no plenário do Cade. O local terá que estar pronto para quarta-feira, quando os conselheiros vão votar mais de cem fusões e aquisições.