Publicado em: 19/02/2013 às 14:10hs
Porque a notícia de um próximo acordo do gênero entre a UE e os EUA colocou o setor de sobreaviso, pois o que está em risco é um mercado que, mesmo sofrendo forte contração em 2012, supera o bilhão de dólares.
Em 2012, considerando-se apenas os 15 países que integravam o bloco antes de 2000, o Brasil destinou à UE pouco mais de 400 mil toneladas de carne de frango (quase 12% do total), enquanto as exportações dos EUA para o mesmo bloco de países não chegaram às 4 mil toneladas. Mas, por exemplo, em 1998 esses mesmos países receberam dos EUA 56 mil toneladas de carne de frango, correspondentes a quase 10% do que o Brasil exportou naquele ano.
O quase “zeramento” das exportações dos EUA para a UE tem por base a defesa do mercado europeu, mas usou como argumento uma questão de ordem sanitária: o uso, pelos EUA, de cloro na higienização das carcaças. Aliás, o mesmo argumento que a Rússia utilizaria vários anos depois (2010) para reduzir sua dependência do frango norte-americano.
Como se sabe, os EUA passaram a adotar outra tecnologia no abate e equacionaram a pendência com os russos. Ou seja: nada impede que adotem o mesmo procedimento em relação à UE. Basta sair o tratado de livre comércio entre as duas partes.
Fonte: Avisite
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