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Juros do crédito rural podem cair, diz Osmar Dias

Segundo o vice de Agronegócios do BB, taxas cairiam de 6,75% ao ano para 4%


Publicado em: 22/05/2012 às 12:30hs

Juros do crédito rural podem cair, diz Osmar Dias

O Plano Agrícola e Pecuário 2012/13 poderá ter como grande novidade a redução nas taxas de juros do crédito rural. A informação foi dada pelo vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias, durante o Fórum Abag/Cocamar – Integração Lavoura, Pecuária e Floresta -, realizado na sexta-feira (19), em Maringá (PR), como parte da programação da Expoingá.

Segundo Dias, o recente processo de queda da taxa básica de juros da economia, a Selic – atualmente em 9% -, abre possibilidade para a diminuição nas taxas do crédito rural. O Conselho Monetário Nacional (CMN) decide o possível corte das taxas de juros do crédito rural em sua próxima reunião, agendada para quinta-feira (24).

O Plano Agrícola e Pecuário será anunciado pela presidente Dilma Rousseff no dia 01º de julho. O BB responde por mais da metade – aproximadamente 63% – do crédito rural oferecido no País. No atual ciclo (2011/12), o governo federal disponibilizou R$ 107,2 bilhões para empréstimo do produtor rural pertencente ao grupo da agricultura empresarial.

De acordo com o ex-Senador, a proposta prevê a redução dos juros de 6,75% para 4% nas linhas de crédito dedicadas ao custeio da produção. Já para os recursos destinados aos programas de investimento, as taxas cairiam de 6,75% para 4% – no caso de grandes produtores – e para 3% na categoria dos médios produtores – que têm renda bruta anual de até R$ 700 mil – enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

A captação de recursos com as novas taxas, assinalou Dias, estaria vinculada à contratação de seguro pelo produtor no ato da tomada do crédito. Dias informou ainda que BB e governo federal estudam a criação de um novo dispositivo que possa permitir a renovação automática do pedido de financiamento para o crédito rural por um período de cinco anos. Hoje, o produtor tem que obrigatoriamente apresentar garantias para captação de recursos a cada ciclo anual.

Programa ABC

Com relação ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), o executivo adiantou que – na temporada em vigor – o BB emprestou cerca de R$ 690 milhões aos produtores interessados em investir em boas práticas agrícolas. “Até o final de junho, este montante deve chegar a R$ 850 milhões”, disse.

Criado em 2010, o Programa ABC financia, com taxa de juros de 5,5% ao ano, técnicas e processos conservacionistas – que reduzem a emissão de CO2 na atmosfera -, como, por exemplo, o plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária-floresta, plantio de florestas comerciais, fixação biológica de nitrogênio e tratamento de resíduos animais.

Fonte: SouAgro

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