Publicado em: 29/07/2013 às 09:50hs
Há mais de 50 anos no campo, o agropecuarista Reno Bohrz sente no bolso a diferença de usar tecnologia de irrigação para melhorar a produtividade e a renda. Sem o sistema, até metade dos anos 90, produzia de 30 a 35 toneladas de milho; com irrigação, pulou para 65 toneladas na mesma área.
O aumento na produção do grão lhe permite alimentar 190 vacas, que produzem por dia 5,5 mil litros de leite. Pelo Badesul, está financiando R$ 417,6 mil, recursos investidos na aquisição de dois pivôs que vão irrigar 77 hectares. “Até o final do ano pretendo chegar a 300 vacas”, projeta.
Ele foi um dos mais de mil produtores a aderir ao programa. “Foi graças à renda que consegui manter meus filhos comigo no campo. O produtor precisa ter dinheiro no bolso”, afirma.
Resultado das políticas públicas
Tarso disse estar contente ao visitar cidades e ver o resultado das políticas. Na primeira grande Caravana de Interiorização, 80% eram demandas. “Agora já é meio a meio. É o reconhecimento das políticas públicas a partir da capacidade de financiamento do Estado.”
Falando da irrigação, o governador disse que subvencionar as parcelas do caixa do governo é um investimento que volta às cidades, ao campo, ou seja, para o Estado. “É prova (a irrigação) de que os produtores estão se modernizando e olhando para o futuro”.
Uma cultura que surge como perspectiva de renda é a canola. Mainardi aposta nela. “É o futuro”, disse ele. Com conhecimento tecnológico, pesquisa e dinheiro disponível se conseguiu, nos últimos dez anos, por exemplo, recuperar outra importante cultura, o trigo, lembrou o secretário. “A produção passou no País de 800kg para 2,4 mil quilos por hectare”.
Mais Água, Mais Renda
O programa Mais Água, Mais Renda é destinado a todos os agropecuaristas que desejam instalar sistemas de irrigação em suas propriedades (por aspersão, sulcos ou localizada). A intenção é ampliar a irrigação em culturas como milho, soja, feijão, pastagens, fumo, frutíferas, hortaliças, por exemplo.
Dos 5,6 milhões de hectares desses cultivos, apenas 2% são irrigados. Também se pretende diminuir os impactos da estiagem; em cada dez anos, ela ocorre em sete. Outro objetivo é aumentar a produção e a produtividade de milho, insumo básico às cadeias de aves, leite e suínos.
Com linhas de créditos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp),Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) e do Programa de Sustentação de Investimento (Finame PSI) do BNDES.
Parte das parcelas é subvencionada pelo governo do Estado: 100% da primeira e da última para o Pronaf, 75% da primeira e da última parcelas para créditos obtidos junto ao Pronamp e 50% da primeira e da última para o Moderinfra, todos com carência de três anos.
Quem opera financeiramente são Banrisul, BRDE, Badesul, além do Banco do Brasil e Sicredi. Atualmente, 1,4 mil projetos estão em andamento, somando R$ 187 milhões em investimentos e área irrigada de 25, 8 mil hectares e 2,245 mil hectares de açudes.
Fonte: Assessoria de Imprensa Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio
◄ Leia outras notícias