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Governo responderá em fevereiro relatório sobre embargo russo

Até o dia 10 de fevereiro o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve enviar a resposta ao relatório russo sobre o embargo das carnes de Mato Grosso e do país, feito após visita ao Brasil de técnicos daquele país entre novembro e dezembro de 2011


Publicado em: 27/01/2012 às 16:10hs

Governo responderá em fevereiro relatório sobre embargo russo

Para os produtores de Mato Grosso, o embargo, que já dura sete meses, não há por que existir já que todas as exigências internacionais para exportação são atendidas. Somente em Mato Grosso, 22 frigoríficos estão embargados desde o dia 02 de junho de 2011.

A resposta quanto ao relatório, que chegou uma semana antes do ministro Mendes Ribeiro Filho reunir-se com a ministra da Agricultura da Rússia, Yelena Skrynnik, durante evento em Berlim, na Alemanha, no último fim de semana, será encaminha àquele país pela Secretaria de Relações Internacionais do Mapa. O relatório detalha as correções sanitárias e técnicas que devem ser feitas nas cinco plantas frigoríficas de Mato Grosso visitadas por técnicos do Serviço Federal de Fiscalização Sanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor).

Na ocasião, a visita que ocorreu entre 29 de novembro e 09 de dezembro, percorreu também os frigoríficos de Goiás e São Paulo. Conforme a Folha do Estado já informou, durante reunião com a ministra russa, Ribeiro Filho salientou que não há motivos para o embargo perdurar, isso porque o serviço de inspeção dos frigoríficos brasileiros é federal.

Durante a reunião, um acordo entre os dois países foi firmado para que reuniões técnicas sejam realizadas, o objetivo é, após as repostas dos relatórios, gerar um "protocolo de equivalência" para que as exigências do Brasil e Rússia na área de sanitária sejam equiparadas. Dos 22 frigoríficos embargados no Estado, 17 são de bovinos, três de suínos e dois de aves. No país são cerca de 160 plantas proibidas de enviar os três tipos de carnes à Rússia.

ENTIDADES

O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José João Bernardes, também diz que não existe justificativa para o veto, pois "Mato Grosso sempre atendeu todas as exigências para exportar carne". "Isso já deveria ter acabado. Cada país tem sua exigência sanitária, e atendemos todas elas", frisa.

De acordo com o diretor executivo da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues, o governo federal poderia ter se "mexido" mais cedo. "Para nós é importante que esse embargo termine, pois pode ajudar o setor a recuperar-se". Rodrigues comenta ainda que a oferta está maior que a demanda desde que a proibição teve início, mesmo com a abertura de novos mercados como para a Ásia. Hoje, o custo de produção do suíno é R$ 2 por quilo e os produtores recebem dos frigoríficos R$ 2,30 pelo quilo apenas.

Fonte: Folha do Estado

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