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Governo lança pacote para reduzir importação de farinha de mandioca

Com a meta de tornar o Amapá autossuficiente na produção de farinha de mandioca, o governador Camilo Capiberibe liberou nesta terça-feira, 15, o valor de R$ 1.519.950,00 para estimular o setor agrícola


Publicado em: 16/01/2013 às 20:30hs

Governo lança pacote para reduzir importação de farinha de mandioca

Os convênios do Programa Territorial de Agricultura Familiar (Protaf) e do Fundo de Desenvolvimento Rural do Amapá (Frap) vão injetar recursos em 11 associações de agricultores de todo o Estado, beneficiando 305 agricultores para o incremento da produção em 305 hectares nos municípios de Macapá, Pracuúba, Porto grande e Mazagão.

No Salão Nobre do Palácio do Setentrião apinhado de famílias de agricultores, Camilo Capiberibe anunciou as metas ambiciosas para o setor em 2013. "O Brasil tem priorizado o plantio de soja para exportação, com isso houve redução do plantio de mandioca e todos reclamam do aumento do preço da farinha. Hoje, o Amapá produz apenas 30% da farinha que consumimos e, a partir dos recursos liberados, nossa meta é tornar nosso Estado autossuficiente na produção de farinha de qualidade", afirmou.

Ao assinar os convênios, o governador destacou a importância do fortalecimento do setor primário. "Não se trata apenas de mais um investimento do governo, mas de uma política de Estado para fixar o homem no campo com modernização da agricultura familiar e inclusão social", frisou.

Os recursos do Protaf serão aplicados na compra de insumos de fundação, defensivos agrícolas e preparo mecanizado das áreas destinadas ao plantio de mandioca, feijão, milho e melancia. Atualmente, o programa atente a 1.073 pequenos agricultores beneficiando 7.511 pessoas em 12 municípios, com investimentos do Estado de R$ 5,5 milhões.

Em termos comparativos, o governador ressaltou que "enquanto o governo federal investe R$ 2.400 por família no período de dois anos para estimular a agricultura familiar, o Governo do Amapá injeta R$ 5 mil por família a cada ano e vamos fazer um esforço para chegarmos a duas mil famílias ao final de 2013".

Casas de farinha

Para zerar a dependência do Amapá à importação de farinha de outros estados, Camilo Capiberibe assegurou que a meta do Protaf é atingir cerca de 20 mil pessoas com o montante de R$ 11 milhões. "Através do Pro-Agroindústria, vamos estimular a multiplicação das casas de farinha semimecanizadas, além de queijarias e fábricas de biscoitos de castanha-do-brasil".

A projeção do governador aponta para 30 casas de farinha, das quais 13 já estão com os projetos concluídos e os recursos do Frap prontos para serem liberados.

Ao assinar os convênios, a secretária de Estado de Desenvolvimento Rural, Cristina Almeida, destacou "o enorme esforço e a determinação do governador Camilo Capiberibe para mudar o perfil da agricultura familiar do Amapá".

Cristina Almeida reforçou que "os investimentos significam não apenas o impulso para a melhoria da produção agrícola, mas um incremento na qualidade de vida das famílias responsáveis em produzir alimentos".

Assistência técnica

A secretária acrescentou que "os R$ 11 milhões que serão injetados na agricultura familiar significam o maior volume de recursos já investidos no setor em nosso Estado". Além das verbas, Cristina Almeida enfatizou o apoio dos técnicos da SDR ao homem do campo, assim como a assistência técnica fornecida pelos órgãos coligados (Rurap, Pescap, Diagro e IEF).

Em nome dos agricultores, a presidente da Associação de Moradores e Produtores Rurais da Comunidade Quilombola São João I do Maruanum II, Joaquina Ramos, foi lacônica: "quero agradecer o apoio do governador Camilo Capiberibe a todas as comunidades e famílias de agricultores do Amapá. Esse investimento é um belo trabalho do governo, que está melhorando a vida de todas as nossas comunidades que atuam na agricultura familiar".

Além do governador Camilo Capiberibe e da secretária de Estado de Desenvolvimento Rural, Cristina Almeida, participaram da solenidade as seguintes autoridades: o chefe de Gabinete Civil, Délcio Magalhães; Joaquina Ramos, presidente da Associação de Moradores e Produtores Rurais da Comunidade Quilombola São João I do Maruanum II; o prefeito de Pedra Branca do Amapari, Wilson de Souza; e a vereadora de Macapá, Neusinha Velasco.

Relação dos convênios


1 - Associação das Mulheres Agricultoras do Assentamento e Ramal do Camaipi: R$ 104.580, 18 hectares, 18 produtores atendidos;

2 - Associação Remanescentes de Quilombolas da Comunidade de Curralinho: R$ 113.190, 37 hectares, 37 produtores;

3 - Associação de Moradores e Produtores Rurais da Comunidade Quilombola São João I do Maruanum II: R$ 112.450, 26 hectares, 26 produtores;

4 - Associação de Moradores Remanescentes de Quilombolas do Mel da Pedreira: R$ 68.210, 16 hectares, 16 produtores;

5 - Associação de Moradores e Agricultores Familiares das Comunidades Bacaba e Maçaranduba I e do Maruanum I: R$ 115.060, 22 hectares, 22 produtores;

6 - Associação dos Agricultores Familiares da Comunidade Garimpo de São Tomé: R$ 491.250, 75 hectares, 75 produtores;

7 - Associação de Desenvolvimento Rural do Assentamento do Cujubim: R$ 157.460, 28 hectares, 28 produtores;

8 - Associação dos Moradores, Agricultores, Pecuaristas, Extrativistas, Aquicultores e Artesãos da Comunidade de Campina Grande: R$ 94.140, 18 hectares, 18 produtores;

9 - Associação dos Agricultores da Perimetral Norte Estrada de Ferro do Amapá: R$ 164.980, 35 hectares, 35 produtores;

10 - Associação dos Moradores e Produtores da Comunidade de Remanescentes de Quilombolas de São José do Mata Fome: R$ 57.470, 14 hectares, 14 produtores;

11 - Associação de Produtores e Moradores da Comunidade de São Raimundo do Maruanum: R$ 78.450, 14 hectares, 14 produtores.

Fonte: Agência Amapá

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