O objetivo é desafogar o escoamento de exportações, com destaque para soja e milho. Dados preliminares indicam que, com a organização do sistema, haverá crescimento de 5% a 10% das exportações dos dois produtos, o que corresponderia a um acréscimo de até US$ 2,274 bilhões, levando em conta que o total exportado em 2012 ficou em 22,740 bilhões.

As medidas em estudo abrangem a simplificação de procedimentos e a adequação de horários de funcionamento dos órgãos públicos federais que atendem no terminal, como a Receita, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e a Polícia Federal. Uma das propostas é que eles passem a funcionar 24 horas por dia.

Todos sabíamos que chegaria o gargalo e ele chegou - disse o presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro.

Segundo ele, o Porto de Santos precisa ser remodelado, ainda mais com a colheita do volume recorde de cerca de 300 milhões de toneladas de grãos. Castro avalia que, além de pistas separadas por tipo de produto nos caminhões, o terminal deveria ter pontos exclusivos para receber e enviar grãos ao exterior. Contêineres e sacas estão misturados, o que dificulta as operações.

Para o consultor de Logística da Confederação de Agricultura do Brasil (CNA), Luiz Antônio Fayet, a situação poderia ser pior, não fosse a crise econômica internacional, que reduziu a demanda mundial por grãos.