Publicado em: 16/04/2012 às 18:20hs
Decisão tomada pelos ministérios da Agricultura e da Fazenda permitirá que as parcelas sejam pagas somente em dezembro, beneficiando cerca de 300 municípios do Nordeste.
A mesma medida será usada para ajudar produtores rurais do Acre e do Amazonas com prejuízos devido às cheias. As informações são do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Caio Rocha.
"O governo, com essa medida, dá condições para restabelecer os patamares de produtividade", disse Rocha.
O Ministério da Agricultura prorrogou o prazo de pagamento de crédito rural para custeio e investimento dos produtores da Nordeste, afetados pela estiagem que atinge a região.
A decisão prorroga até 31 de dezembro deste ano as parcelas de custeio e investimentos, vencidas ou a vencer, dos produtores. "Com essa medida, o governo dá condições para que se estabeleça a reconstrução da produção pelos agricultores afetados tanto pela seca no Nordeste, quanto pela chuva no Acre e Amazonas", afirmou, em comunicado, o secretário de política agrícola do ministério.
Perdas no RS
A safra de soja deve ser de 5,8 milhões de toneladas este ano no Rio Grande do Sul, uma queda de 43% se comparada à estimativa inicial, que leva em conta a média histórica dos últimos anos. Se comparada à safra passada, que foi recorde, a queda é de quase 50%, segundo a entidade.
Os números foram divulgados pela Emater durante reunião do Conselho de Agrometeorologia, realizada na tarde desta quinta, dia 12, na Fepagro. Segundo o gerente técnico da entidade, Dulphe Pinheiro Machado, as chuvas previstas para os próximos dois meses podem ajudar na recuperação das lavouras que estão para ser colhidas. No entanto, ele acredita que a reação será pequena. "A soja está praticamente 60% colhida. Talvez esta soja que ainda esteja para ser colhida tenha a possibilidade de ter uma produtividade um pouco melhor. Mas se ocorrer alguma variação positiva, ela será muito pequena", indica.
No milho, a colheita deve ser de três milhões de toneladas, queda de 42,5% em relação à estimativa inicial. No arroz, a queda é de 12%, com colheita aproximada de 7,5 milhões de toneladas, conforme o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga).
Durante a reunião, o Oitavo Distrito de Meteorologia divulgou um prognóstico climático para os meses de abril, maio e junho, com chuvas acima da média nos dois primeiros.
Fonte: AGÊNCIA ESTADO
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