Publicado em: 10/05/2012 às 08:15hs
O crescimento pelo qual o município vem passando é fruto do trabalho em conjunto entre os governos do Estado e Federal e as empresas América Latina Logística (ALL), concessionária responsável pelas obras do trecho e a Seara Indústria de Alimentos, investidora do trecho da ferrovia em Itiquira e responsável pela construção do terminal de cargas.
O início das operações do Terminal de Itiquira representa uma conquista importante para a região. A Ferrovia Vicente Vuolo faz parte do Plano de Governo do governador Silval Barbosa, que sempre destacou a importância do modal para o escoamento da produção de Mato Grosso. Um ganho para todo Estado, que terá um novo impulso socioeconômico.
Para o governador Silval Barbosa a concretização da ferrovia e a extensão até o município de Rondonópolis dará condições de competitividade, promovendo o desenvolvimento em todos os setores da economia mato-grossense. “Estamos comemorando índices de crescimento fantásticos, gerando mais oportunidades a quem vive no Estado”.
Um marco na história da logística de Mato Grosso, a Ferrovia Senador Vicente Vuolo e o terminal de cargas colocam a região como polo de desenvolvimento, gera emprego, renda, progresso, qualifica mão-de-obra e melhora o escoamento da produção do Estado. Dentre tantos outros fatores se destacam ainda a diminuição do preço do frete e aumenta o poder de competitividade com outros Estados. Centralizado no Brasil, Mato Grosso é um dos três corredores inseridos na logística de onde seguem para quaisquer rotas utilizadas. Com capacidade de 13 mil toneladas a Ferronorte, como também é conhecida, já está consolidada como a saída pelo corredor centro-sul.
Com uma área de 70 hectares o terminal de Itiquira tem cerca de seis quilômetros de extensão. O empreendimento irá gerar 210 empregos diretos e irá atender aos produtores da região. O terminal terá capacidade de 100 mil toneladas/dia e a movimentação estimada é de 2,5 milhões de toneladas/ano. Em Mato Grosso são três os terminais de cargas, nos municípios de Alto Taquari, Alto Araguaia e Itiquira, que fazem parte do projeto de expansão da Malha Norte da ALL e que compreendem 260 quilômetros de extensão da malha ferroviária no Estado. Os investimentos chegam a R$ 700 milhões.
A continuidade dos trilhos, por meio da concessão da ALL, que segue até o município de Rondonópolis, compreende 80 Km de trilhos, cujas obras já iniciaram, de acordo com o gerente de Operações da empresa, Thiago Fiori. “A ALL opera os terminais de Alto Taquari e Alto Araguaia e Itiquira (este último desde o fim de abril de 2012) sendo que os trilhos chegarão até o município de Rondonópolis, até onde vai a concessão da ALL. A previsão de finalização das obras até Rondonópolis é em dezembro deste ano. A parte de infraestrutura já foi concluída, agora já foi iniciada a terraplanagem”.
Ao longo do trecho entre os terminais de Alto Araguaia e Itiquira foram construídas 24 passagens semelhantes. As obras permitem o acesso do trem sem obstruir a rodovia. Em março de 2012 foi concluída a obra da ponte sobre o Rio Itiquira com 205 metros e com sete vãos de 29 metros cada.
SONHO REALIZADO
O produtor rural Marcelo Borges, 37 anos, descarrega soja no terminal de embarque em Itiquira e ressaltou que a vantagem é o preço do frete, que é mais barato, além da melhor logística. “Você tem um potencial muito grande com a ferrovia. É um sonho que está se tornando realidade. Estive aqui no lançamento da obra e ver esse terminal, dois anos depois, funcionando é muito gratificante”, disse Marcelo.
Segundo Marcelo a tendência agora é melhorar o preço direto ao produtor. Tirar o caminhão da estrada, conforme ele relata, para a logística e para a cadeia toda de produtores é uma melhora muito grande. “Fiquei surpreso com o curto espaço de tempo em que o terminal levou para ser construído, já que as obras estavam paradas há mais de 10 anos. Para quem ficou muitos anos escutando e agora ver a ferrovia funcionando é um sonho”.
O gerente de operações da Seara, Victor Goltz, informou que no terminal são 40 colaboradores e a curto e médio prazo serão 65. Em relação aos números do intermodal, são 38 mil toneladas por dia e uma tonelada por hora. “A carga vem do norte de Mato Grosso do Sul e de cidades de um raio de 200 quilômetros daqui. São realizados comboios a cada dois dias. A capacidade de armazenamento é de 100 mil toneladas e o foco é embarcar para o porto de Santos. Por dia, são descarregados 60 caminhões de soja.
Fonte: Assessoria ALL
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