Professores das áreas de Defesa Fitossanitária, Horticultura e Agricultura da Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, câmpus de Botucatu, participarão de uma reunião no dia 5 de abril, com representantes do CABI (Centre for Agricultural Bioscience International – Centro Internacional de Biociência Agrícola), organização internacional sem fins lucrativos voltada para publicações e projetos de pesquisa nas áreas de agricultura e meio ambiente.

O encontro tem como objetivo apresentar as atividades do CABI e convidar os pesquisadores da Unesp para integrarem a rede internacional de especialistas que atuam no “CABI Plantwise”, programa global voltado para a saúde de plantas.

Com seu escritório para a América Latina instalado desde 2011 no Brasil, no câmpus da Unesp em Botucatu, o CABI criou o “Plantwise” com o objetivo de criar um banco de dados para reunir, estruturar, atualizar e disponibilizar informações sobre pragas e doenças de plantas.

O programa está baseado nas Clínicas de Saúde de Plantas, ações que envolvem pesquisa e extensão, com a participação do setor privado e de governos, para disponibilizar apoio técnico e aconselhamento aos produtores rurais por pessoas treinadas pelo CABI.

Estima-se que, em todo o mundo, pelo menos 40% de todas as culturas são perdidas nas fases de pré e pós-colheita através de pragas e doenças, manejo inadequado, colheita e práticas de armazenamento. “Diminuindo as perdas com pragas e doenças, a renda dos agricultores de subsistência pode ser elevada”, afirma o professor Carlos Frederico Wilcken, da FCA. “É importante que a Universidade participe de um programa que contribui significativamente para o desenvolvimento social e a produção de alimentos em nosso país”.

Além de fornecer benefícios imediatos para produtores locais e abastecer o banco de dados, a ação das Clínicas de Plantas é um sistema efetivo de alerta de perigo no campo, ajudando monitorar pragas e doenças e indicar onde os programas de vigilância são mais necessários.

Atualmente são 182 Clínicas ao redor do mundo e o CABI planeja expandir esse número para 400 em 40 países, até 2015. “Com essa ampliação do programa nós esperamos detectar e reportar um grande número de problemas”, explica Yelitza Colmenarez, representante do CABI no Brasil. “Com a consolidação do banco de dados, seremos capazes de rastrear a distribuição e incidência de cada praga ou doença, permitindo que os pesquisadores consigam saber o que está acontecendo e recomendar estratégias de controle e manejo a tempo”.

Através do programa Plantwise, CABI também será capaz de apresentar referências ligadas a artigos sobre pragas específicas, as culturas que afetam, o dano que eles causam e tratamento sugerido. O banco de dados também irá conter imagens para identificação de pragas, descrição de sua relação com a planta hospedeira, e detalhes de contato dos serviços locais.

Futuramente, os representantes do Cabi devem promover novas reuniões para integrar professores e pesquisadores da FCA/Unesp, de áreas como Gestão e Tecnologia Agroindustrial, Engenharia Rural e Recursos Naturais, a programas promovidos pela instituição.

Mais informações sobre o programa podem ser acessadas pelo site www.plantwise.org.