O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, entregou nessa sexta-feira (9) ao vice-presidente de agronegócio do Banco do Brasil e ex senador, Osmar Dias, documento manifestando a preocupação da federação com as recentes alterações nas normas de financiamento do programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que de acordo com Sperotto, dificultará a elaboração dos projetos. O manifesto foi entregue na Expodireto, em Não-Me-Toque, durante a assinatura de convênio entre a Cotrijal e o Banco do Brasil, que irá cadastrar técnicos da cooperativa para desenvolver projetos do ABC.

Eduardo Condorelli, assessor do Sistema Farsul, apontou como dificultadores para elaboração dos projetos a exigência de análise de carbono total, juntamente com a análise de solo, e a mudança dos itens financiáveis.

No Rio Grande do Sul existe apenas um laboratório em condições de realizar a análise de carbono total, o que segundo Condorelli, aumentaria significativamente o custo e o tempo para retorno das informações.

A segunda preocupação é com o limite dos itens financiáveis . Antes da alteração, o programa permitia o financiamento de máquinas de fabricação nacional e de aquisição de animais sem limite de participação. Com a nova norma, os itens não podem ter valor superior a 40% de todo o projeto apresentado ao banco. “Esta limitação nos preocupa, uma vez que poderá exigir que produtores financiem algo que não seria necessário apenas para atender os pré-requisitos”, complementa Condorelli.