Publicado em: 14/11/2012 às 19:00hs
O documento foi apresentado no encerramento da I Conferência Nacional do Leite, na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília (DF), e contou com a participação do analista de pecuária da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Carlos Augusto Zanata.
Além de apresentar o resultado das discussões entre os diversos elos da cadeia produtiva, a Política Nacional do Leite inclui ainda a revisão dos marcos regulatórios do setor, fortalecimento do serviço de assistência técnica e a ampliação das políticas de apoio à comercialização e pagamento por serviços ambientais. Trata-se de um conjunto de propostas consideradas fundamentais para o crescimento do setor leiteiro no Brasil.
"As discussões foram muito pertinentes e condizentes com as necessidades dos produtores de leite de Mato Grosso. Alguns dos pontos abordados também foram discutidos no nosso primeiro Encontro Aproleite que a Famato, Senar e Aproleite realizaram na semana passada. Manejo adequado, tecnologia, assistência técnica e qualificação profissional são as principais demandas dos produtores mato-grossense. Certamente, este plano contribuirá para melhorar o desenvolvimento da cadeia leiteira no estado", avalia Zanata. Além disso, promover o associativismo e cooperativismo no setor lácteo com intuito de fomentar a organização dos produtores e trabalhadores é outro ponto previsto no plano e uma das prioridades da Aproleite em Mato Grosso.
As proposições entregues aos ministros foram divididas em nove tópicos: defesa sanitária; defesa comercial; capacitação e assistência técnica aos produtores; políticas de crédito; legislação e tributação; infraestrutura e logística; promoção comercial dos produtos lácteos; organização do setor; e pesquisa e desenvolvimento. A partir dos pontos definidos, a Política Nacional do Leite servirá como um instrumento para auxiliar o Governo Federal na elaboração de uma política voltada ao desenvolvimento da atividade. "Foi uma discussão extremamente importante, que envolveu Executivo e Legislativo, produtores e trabalhadores, pesquisa e assistência técnica, indústrias e cooperativismo", destacou o vice-presidente da CNA, José Ramos Torres de Melo, que representou a presidente da entidade, senadora Kátia Abreu, no encerramento da conferência.
Ao apresentar as ações prioritárias do documento, o presidente da Comissão Nacional de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, disse aos ministros que uma das ações emergenciais desta política é a renovação do acordo de cotas e preços com a Argentina para importação de leite em pó. Este acordo existe desde 2009 com a finalidade de evitar o surto de importação do produto do país vizinho, para não prejudicar os pecuaristas brasileiros. Neste contexto, ele defendeu que, no novo acordo, sejam incluídos também os queijos e o soro de leite argentino, pois o volume de entrada destes itens no Brasil tem aumentado de forma expressiva nos últimos meses.
Fonte: Assessoria de Comunicação do Sistema FAMATO
◄ Leia outras notícias