Publicado em: 29/08/2012 às 19:40hs
A declaração marca mais um episódio na crescente tensão entre os dois países, que se acusam mutuamente de implementar barreiras comerciais, em uma disputa que chegou à Organização Mundial do Comércio (OMC).
O governo argentino detalhou que os EUA destinam "cerca de US$ 120 bilhões anuais para subsidiar diretamente seu setor agrícola". Esta transferência de recursos, segundo a nota, impede o desenvolvimento de um comércio mundial mais equilibrado e justo. A chancelaria acrescenta que, diante dessa situação, o governo de Cristina Kirchner reitera sua "férrea decisão de continuar com sua política de desenvolvimento e geração de emprego".
Ontem, o porta-voz do Representante de Comércio dos EUA, Nkenge Harmon, disse que seu país "está surpreso e decepcionado pela reação da Argentina" de apresentar denúncia à OMC pelo fato de os norte-americanos vetarem a importação de carnes e limões argentinos.
A relação entre Buenos Aires e Washington voltou a ficar tensa após a decisão dos EUA e do Japão, na terça-feira (21), de denunciar a política comercial da Argentina de exigir licença generalizada para as importações. Ambos os governos consideram que as restrições comerciais argentinas "violam as normas da OMC". A UE já havia apresentado denúncia similar contra o governo de Cristina.
Já a Comissão Europeia, alertou a Rússia para que acabe com a restrição de importações de bovinos e suínos vivos de certos países da União Europeia, caso contrário levará o questionamento à Organização Mundial do Comércio (OMC). O bloqueio russo se volta a países da antiga União Soviética, como Estônia, Letônia e Lituânia.
Fonte: O Estado de São Paulo
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