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Empresários mato-grossenses apostam no exterior

Conquistar consumidores fora do país é uma prática que aos poucos tem despertado o interesse de empresários de Mato Grosso


Publicado em: 02/02/2012 às 19:00hs

Empresários mato-grossenses apostam no exterior

No Estado a maioria das empresas exportadoras opera com commodities agrícolas. Mas a diversificação de produtos e mercados aos poucos vai se tornando uma realidade. Além da exportação de carnes, grãos e madeiras, há investidores apostando na comercialização de cosméticos, colchões, refrigerantes, produtos naturais, entre outros artigos, fora do país.

Mas o acesso ao mercado internacional requer prioritariamente planejamento, como lembra a coordenadora do Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias de Mato Grosso (CIN/Fiemt), Gabriela Fontes. Plano de expansão deve ser fundamentado no conhecimento do mercado onde o investidor pretende atuar, sendo imprescindível entender os hábitos de consumo da população local, quais os riscos oferecidos pela concorrência interna e externa e as barreiras técnicas para o produto.

Foco no mercado internacional não deve ofuscar a percepção do investidor sobre a sustentação da empresa no mercado nacional, lembra Gabriela. “Nossa orientação para o empresário é que conheça o mercado, a empresa e verifique se ela está preparada para expansão”. Invariavelmente, um dos aspectos que costumam prejudicar a sustentação das empresas é a oscilação do câmbio. “O ideal é que o empresário não pare de exportar, porque quando a empresa sai do mercado, para retornar é outro processo, que vai exigir mais investimentos”.

Conhecendo o mercado onde irá atuar, esse risco pode ser minimizado. Outra medida que ajuda a evitar o problema é manter a prospecção de novos mercados, inclusive com a participação em feiras de negócios. Em Mato Grosso, alguns empresários que decidiram apostar em outros mercados tem conseguido simplificar o processo aduaneiro com auxílio dos Correios, utilizando o Exporta Fácil. Por ele, o envio da remessa ao exterior é facilitado com auxílio da internet, sendo possível consultar preços, prazos para cumprimento dos serviços, o que pode ser exportado para cada país, condições de aceitação dos serviços e imprimir formulário. Serviço resume informação, recibo, declaração para alfândega e conhecimento aéreo de embarque de carga.

Proprietária da Cia do Avestruz, fabricante dos produtos Ostrich, Tânia Kramm da Costa, revela que utiliza o serviço para remessas orçadas até US$ 50 mil. “É menos burocrático, mas para quem precisa exportar em maior quantidade tem que se inscrever no Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar)”. Fundada em dezembro de 2006, a empresa passou por um período de teste e lançou a marca Ostrich em março de 2009. Atualmente mantém uma linha de produtos contendo 80 itens, utilizando como matéria-prima o óleo de avestruz. “São produtos fitoterápicos, para higiene e cuidado pessoal, que não causam alergias”.

No mercado interno, a empresa atende 12 estados e, no mercado internacional, atende revendedores nos Estados Unidos, Canadá, Arábia Saudita e países da América do Sul. Para este ano, a meta é aumentar a exportação em 30%. Proprietário da SM Laminados de Madeira, César Mason, atua no mercado internacional desde 1998 e cita as dificuldades enfrentadas com as comprovações exigidas pelo Fisco. “Hoje tudo é interligado, mas a gente tem que ficar apresentando um monte de papel”. Cerca de 70% da produção da SM Laminados é voltada para o mercado internacional, principalmente Estados Unidos e Europa.

Fonte: A Gazeta

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