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Embrapa apresenta variedades e cultivares adaptadas ao Semiárido sergipano

Os cerca de 50 agricultores familiares que compareceram ao dia de campo promovido pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE), em Poço Redondo, no Alto Sertão Sergipano, viram de perto as Unidades de Demonstração (UDs) de girassol, algodão, milho, feijão faséolos (comum) e feijão caupi (de corda) adaptados às condições do Semiárido nordestino


Publicado em: 03/08/2012 às 17:40hs

Embrapa apresenta variedades e cultivares adaptadas ao Semiárido sergipano

O dia de campo aconteceu no perímetro irrigado Jacaré-Curituba com agricultores familiares da região, entre assentados do perímetro e membros da Cooperativa Regional de Assentados de Reforma Agrária do Alto Sertão de Sergipe (Cooprase).



Os agentes de transferência de tecnologia da Embrapa apresentaram 18 cultivares de algodão, cerca de 90 cultivares de milho, 50 de feijão comum – também conhecido como de arranque, 10 variedades de feijão caupi e 36 cultivares de girassol, sendo 18 para monocultura e 18 para cultivo em consórcio.

As variedades e cultivares foram desenvolvidas por diversas Unidades da Embrapa e são adaptadas às condições de cultivos irrigados no sertão nordestino, com ciclo muito curto de produção.

De acordo com o engenheiro-agrônomo da Embrapa Tabuleiros Costeiros, Hélio Wilson de Carvalho, que coordena as pesquisas de desenvolvimento de cultivares e variedades de diversas culturas para Sergipe, A região era considerada de alto risco de perda, por falta de chuva. “Exemplo disso está sendo este ano, em que a chuva não deixou colher nada em outras áreas. Hoje, com a instalação do sistema de irrigação, o risco de perda é zero, beneficiando 700 famílias de assentados", afirmou.

Tecnologias

O pesquisador ressaltou a importância de transferir tecnologias para produtores em regiões como o semiárido. "É muito importante o uso de tecnologia de produção, pois os produtores locais estão acostumados a trabalhar com plantio de sequeiro [sem irrigação]. Já com o plantio irrigado a tecnologia é outra e o produtor precisa conhecer e se adaptar a novas técnicas de manejo", complementou.

Hélio Wilson acrescenta ainda que com a irrigação, o produtor pode ter até três safras de milho ou até 2,5 safras de girassol  por ano, se conduzir a lavoura com tecnologia correta. "Assim, uma plantação de dois hectares de milho, pode render o equivalente a seis", disse ele.

A Petrobras Biocombustíveis (PBio), da qual a Embrapa é parceira em programa de produção de biodiesel junto a agricultores familiares organizados em Sergipe, também participou do dia de campo. A estatal dá toda a assistência às associações e cooperativas familiares no plantio de culturas oleaginosas, como girassol, mamona e pinhão manso, e garante a compra da produção.

Fonte: Embrapa

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