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Embargo será levado à OMC

Atualmente 12 países restringem compra do produto nacional, sendo que 4 deles afetam Mato Grosso


Publicado em: 05/02/2013 às 16:20hs

Embargo será levado à OMC

Está programada para o próximo mês a formalização de reclamação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) contra os embargos à carne bovina brasileira ao Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra. Atualmente 12 países restringem a compra de carne brasileira, dos quais 4 afetam Mato Grosso (Catar, Arábia Saudita, China e Peru). Ação do governo brasileiro deve pressionar a suspensão do embargo por esses países, diz o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério, Ênio Marques.

Antes disso, porém, há expectativa de que seja confirmada a classificação de risco insignificante do Brasil pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o que anteciparia a retomada das exportações. Isso porque o país tem cumprido as recomendações descritas no Código Sanitário da Organização, atendendo todas as medidas de mitigação de risco, informa o Mapa. Marques explica que as negociações para retomada dos embarques têm se concentrado principalmente nos países que mais importam, como Venezuela, Irã e Egito e ressalta que países como a China e a Rússia - que “suspenderam” o embargo após 17 meses de restrição - agem com motivação política, para pressionar o Brasil a importar produtos originários de lá.

Recentemente, o diretor geral da OIE, Bernard Vallat, pediu aos países que mantêm o embargo às importações de carne bovina brasileira que suspendam as restrições por se tratar de medida injustificada. Classificação oficial é determinada com base em uma avaliação de risco global e o surgimento de um caso não conduz automaticamente a uma reavaliação do status sanitário oficial do país, exceto se houver uma mudança epidemiológica indicando falhas nas medidas de mitigação vigentes.

Anualmente, no mês de fevereiro, são realizadas reuniões da Comissão Científica da OIE para avaliar as questões sanitárias de todos os países. Neste ano, o Brasil apresentará todas as ações decorridas após a identificação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) ou “doença da vaca louca” no país, conforme preceitos técnicos estabelecidos pelo Código Zoosanitário da OIE.

Vendas - Este mês, a oferta de carne bovina no mercado doméstico aumentou, tanto pela restrição às exportações do produto quanto pela redução no consumo interno. Expectativa da indústria se volta para o mês de março, diz o diretor do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo/MT), Paulo Bellincanta.

“Isso resultou numa baixa dos preços, mas muito pouco”. Conforme levantamento realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), foi observada uma variação negativa na cotação da arroba do boi gordo de apenas 33 centavos em janeiro, ante os preços praticados em dezembro, fechando em R$ 84,59.

Fonte: Gazeta Digital

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