Publicado em: 30/03/2012 às 15:50hs
Em 2011, o comércio bilateral entre Brasil e Índia chegou a US$ 9,2 bilhões, pouco abaixo da meta de US$ 10 bilhões, um desempenho considerado bom pelo governo devido aos efeitos da crise financeira internacional.
Uma nova meta deve agora ser definida em US$ 15 bilhões até 2015.
Os principais produtos exportados pelo Brasil para a Índia são minério de ferro, soja, açúcar e carne de frango. O Brasil tem comprado da Índia óleos derivados de petróleo, ceras minerais e produtos químicos orgânicos.
"O comércio (entre Brasil e Índia) merece grande estímulo. Menos de US$ 10 bilhões é (um volume) muito pequeno, principalmente se considerarmos as dimensões e o dinamismo das economias dos dois países", disse a subsecretária-geral de Política do Ministério de Relações Exteriores, embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis.
Enquanto a economia brasileira cresceu 2,7% em 2011, o PIB da Índia deve apresentar um crescimento de 6,9% no ano fiscal que termina em março de 2012, segundo previsões do governo indiano.
Apesar de ser um dos destaques do crescimento global nos últimos anos, a economia da Índia passa por um momento difícil, com forte desaceleração da produção industrial no último semestre de 2011 e um índice de inflação alto.
A situação da indústria é parecida no Brasil: em janeiro, o setor recuou 2,1%, acumulando retração de 0,2% em 12 meses, afetado pela desaceleração econômica e pela concorrência de produtos importados.
Estudantes
Brasil e Índia também assinaram acordos nas áreas de meio ambiente, cooperação técnica, cultural, consular, de promoção de igualdade de gênero, científica e tecnológica, direitos de mulheres e educacional.
O governo incluiu a Índia como um dos destinos do programa Ciência Sem Fronteiras, que deve mandar mais de 100 mil estudantes e professores brasileiros para instituições de ensino superior no exterior até 2014.
É a primeira vez que um país em desenvolvimento é incluído na lista de destinos do programa.
"Já aprofundamos as discussões e identificamos as instituições que deverão participar do programa, que estão nas cidades de Nova Déli, Mumbai e Bangalore", informou a embaixadora Maria Edileuza Fontenele Reis.
Ainda não há definição sobre o número de estudantes que devem receber bolsas para estudar na Índia, mas as áreas prioritárias serão as de ciência e tecnologia, engenharia genética, e tecnologia aeroespacial.
Fonte: Estado de S.Paulo com BBC Brasil
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