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Diálogo Internacional aponta Bioeconomia como saída para os desafios do agro

O novo paradigma agrega conhecimento científico, recursos naturais e processos na busca por fortalecer a agricultura. Para discutir este tema, países da América Latina e Caribe reúnem-se em Brasília


Publicado em: 19/06/2012 às 13:30hs

Diálogo Internacional aponta Bioeconomia como saída para os desafios do agro

Começou ontem (18) e segue até dia 20 de junho, o primeiro Seminário Internacional A Bioeconomia na América Latina, organizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (CIRAD) e a EMBRAPA, em Brasília.

O seminário é constituído no âmbito do projeto Towards a Latin America and Caribbean Bio-Economy in partnership with Europe (ALCUE-KBBE), financiado pela União Europeia.

Nas palavras de abertura Guy Henry, Coordenador do ALCUE-KBBE, agradeceu ao IICA pela oportunidade de colocar na mesa esse importante tema e apontou os objetivos do encontro que são de “analisar vantagens comparativas da América Latina e do Caribe; e discutir os desafios e oportunidades desse novo conceito”.

Manuel Otero, Representante do IICA no Brasil, que também compôs a mesa de abertura, destacou a atuação do Instituto que “está comprometido tanto com a discussão do conceito de Bioeconomia como no operacional, reafirmando sua capilaridade ao levar este tema até seus países membros no hemisfério”.

Na cerimônia de abertura, participaram cerca de 50 inscritos, dentre eles autoridades de todos os países das regiões, representantes da academia, pesquisadores e produtores rurais. Uma delegação do IICA Sede Central e IICA Uruguai está presente nos debates.

Para o Diretor de Biotecnologia e Biosegurança do IICA, Pedro Rocha, o seminário é “uma boa oportunidade de reunir temas que são opostos e geram discussões”. Rocha comentou em entrevista que a nova bioeconomia “é uma maneira de adaptar a agricultura às mudanças climáticas, para geração de mecanismos e políticas de produção limpa”.

Além disso, comentou sobre o esforço envidado pelo IICA ao tratar a bioeconomia como ferramenta frente aos desafios de produzir mais alimentos e melhor. “O IICA está nessa linha dando contribuições no ponto conceitual, tratando a bioeconomia para além dos transgênicos e enviando esta mensagem a todo o hemisfério. Sobretudo, ajudando aos tomadores de decisões, com informações que os permitam desenhar boas políticas”, comentou Rocha.

Durante os painéis desta manhã, o tom das discussões foi apresentar o cenário atual da bioeconomia das Américas, do Caribe e da Europa, para a partir de então montar-se o que se estima como cenário futuro. A novidade da nova bioeconomia é usar mais intensamente conhecimentos científicos na transformação de recursos naturais e processos em produtos e serviços. Para o especialista da Embrapa, Elísio Contini, “o Brasil tem potencial para alavancar novos negócios de alto valor agregado”. Com dados de 2007 (os mais recentes no tema), Carlos Santana, também da Embrapa, mostrou o potencial que o país apresenta hoje, configurando-se como o que mais investiu em pesquisa de biotecnologia, naquele ano.

As discussões continuam até sexta-feira próxima, até lá serão formados três grupos de trabalho que montarão uma planilha de ações conjuntas entre os países.

A participação no seminário é livre, basta inscrever-se no local do evento, Auditório Irineu Cabral, Sede da Embrapa, Brasília.

Fonte: IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

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