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Debate sobre experiências latinoamericanas

Visão da ruralidade no México, Costa Rica, Equador, Uruguai e Chile pautam o Painel II do Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial


Publicado em: 14/11/2012 às 09:55hs

Debate sobre experiências latinoamericanas

Especialistas em temáticas voltadas para o rural de cinco países da América Latina foram os conferencistas do segundo painel (Experiências latinoamericanas) do VII Fórum Internacional de Desenvolvimento Territorial Dinâmicas Rurais Contemporâneas no Brasil e Políticas Públicas, na tarde de ontem (12). O evento acontece até o dia 14/11, na Universidade do Parlamento Cearense (UNIPACE), em Fortalez, Ceará.

O coordenador da mesa composta pelos painelistas Luciano Martinez (Equador), Alex Barril (Chile), Diego Piñero (Uruguai), Rafael Díaz (Costa Rica) e Rafael Echeverri (México) foi o gerente do Programa Agricultura, Territórios e Bem Estar Rural do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Byron Miranda.

Cada um apresentou a realidade de seu respectivo país, citando desafios, obstáculos, pontos positivos e negativos, traçando um panorama de como os espaços rurais se desenvolvem na América Latina. No caso do Equador, Martinez listou políticas referentes ao campo, como a Lei de Soberania Alimentar e a Estratégia Nacional de Bem-Viver Rural, e como elas se relacionam com o rural, considerando também a relevância da relação rural-urbano.

Alex Barril apresentou uma situação delicada no Chile quando se trata de ruralidade. “O Chile não é agrícola. Esse setor é apenas o quinto do País. Em primeiro lugar vem o minério, principalmente o cobre. Precisamos criar uma assistência técnica, porém, esta ideia ainda é bem imatura. Temos como função fazer acordos e valorizar a agricultura familiar para colocar essa questão na agenda do governo”, descreveu.

Enquanto Barril apresentou uma situação complicada, Diego Piñero evidenciou uma situação mais animadora no Uruguai. O engenheiro agrônomo mostrou evoluções em números. Dois exemplos foram que a exportação anual subiu 12%; o salário mínimo aumentou de 171 dólares (2005) para 360 dólares (2011). “Temos 19 estados (todos autônomos) e cada um faz de maneira diferente. A área urbana possui impostos mais caros do que a rural, aí alguns governos declaram locais como urbanos para terem mais lucros, mesmo sem nenhuma lógica”, declarou.

O especialista Rafael Díaz foi o responsável pela apresentação das concepções de ruralidade na Costa Rica. Ele dividiu sua apresentação em quatro partes: esgotamento da industrialização com substituição das importações; estabilização e promoção das exportações; ajustes estruturais e aprofundamento da abertura e liberação. Na palestra, Díaz citou casos ocorridos desde 1980 até os dias de hoje, evidenciando questões econômicas, públicas e sociais da Costa Rica.

Para concluir o último painel do segundo dia do VII Fórum, Rafael Echeverri apresentou a visão mexicana sobre a questão. Em sua palestra, o cientista político e administrativo classificou o rural em diferentes aspectos. Entre eles: político, agrário, espacial, depositário de recursos naturais e como cultura.

Fonte: IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

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