Começa nesta terça-feira (17), em Jaboticatubas, a segunda Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário “Por um Brasil Rural com gente do jeito que a gente quer: vida no campo, dignidade e cidadania”. O evento vai reunir cerca de 250 participantes (dentre eles 195 delegados da sociedade civil e órgãos governamentais) para discutir os princípios e diretrizes que vão nortear a elaboração dos Planos Estadual e Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável.

O evento é uma promoção do Governo de Minas, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Assembleia Legislativa e a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Minas Gerais (Fetaemg).

Segundo a Secretária Executiva do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável (Cedraf-MG), Juliana Veloso, ao longo dos últimos dois meses, foram realizadas 18 conferências intermunicipais e territoriais em várias regiões do Estado, como etapas preparatórias para esta conferência, onde foram debatidas as políticas públicas para a agricultura familiar e reforma agrária.

“Temos agora a missão de revisar estas propostas, qualificando-as ou criando novas, de modo a produzir um documento final que dê diretrizes para a construção do Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Minas Gerais, além de priorizar proposições que seguirão para a etapa nacional e poderão contribuir com a elaboração do Plano Nacional”, explica a Secretária Executiva do Cedraf.

Para Juliana Veloso, o Plano Estadual é fundamental para nortear as ações de Governo na implantação de políticas públicas que atendam as demandas e necessidades de todo o segmento. “É uma oportunidade não apenas para revisar as ações que vêm sendo executadas, mas também definir quais são as prioridades”. O Plano Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário será validado pelo Cedraf-MG no próximo ano.

As propostas que serão discutidas estão divididas por eixos temáticos: desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Brasil do Brasil rural e fortalecimento da agricultura familiar, agroecologia, pesca e aquicultura; reforma agrária e democratização do acesso à terra e aos recursos naturais; abordagens territoriais como estratégia de desenvolvimento rural e promoção da qualidade de vida; gestão e participação social; autonomia das mulheres rurais; autonomia e emancipação da juventude rural e promoção do etnodesenvolvimento.  

Serão realizadas duas mesas de debates sobre os assuntos relacionados aos eixos temáticos, além de trabalhos em grupos. Segundo Juliana Veloso, todos os delegados terão a oportunidade de discutir e votar as propostas, permitindo que a elaboração do documento final seja resultado da participação e da votação democrática.