Publicado em: 17/07/2012 às 12:40hs
Na quarta-feira (18/07), diante dos outros 156 países-membros, o Brasil reclamará que a OMC "mistura tudo" e apresenta um quadro irreal. Para Brasília, se o país adota taxa adicional sobre importações consideradas desleais, isso é uma medida que procura combater distorções, e não criá-las, e está prevista nas regras da OMC.
Entrevista - Em recente entrevista, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, disse que "é certo que desde a crise [de 2008], os relatórios de monitoramento mostram que Brasil e Argentina estão entre os países que mais adotaram restrições comerciais". Na sequência, o diretor da OMC acrescentou que os relatórios não dizem se as restrições estão conforme as regras da OMC ou não. "O que fazemos é listar a matéria bruta", explicou.
Tendência - "Há países que reagem, dizem que faltam coisas nesses relatórios de monitoramento, como subvenções agrícolas, etc. E nós dizemos que o exercício é para medir a tendência, o que nos preocupa é a tendência. Sabemos muito bem que os Estados Unidos, a União Europeia e o Japão têm subvenções agrícolas que perturbam as trocas comerciais. Quando o país é apontado na lista, reage dizendo que outros fazem coisas tão pavorosas quanto eles'', ponderou Lamy, na recente entrevista.
Pressão - Por pressão do Brasil e outros exportadores agrícolas, o monitoramento da OMC inclui agora os subsídios agrícolas bilionários concedidos principalmente pelas nações desenvolvidas. A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) publicará estudo em setembro apontando subvenções agrícolas de mais de US$ 250 bilhões concedidas em 2011 nos países ricos, uma alta de 4,5% nos valores envolvidos. Metade dos subsídios causam distorções no comércio global.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Ocepar/Sescoop-PR
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