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Caminhoneiros continuam protestos e bloqueios

Manifestações já prejudicam o transporte de cargas agrícolas em todo o país


Publicado em: 27/07/2012 às 18:50hs

Caminhoneiros continuam protestos e bloqueios

Em protesto contra as medidas de regulamentação da profissão da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), caminhoneiros bloquearam nesta sexta-feira (27/7), a Rodovia Fernão Dias em três trechos no Estado de Minas Gerais.

Segundo a concessionária Autopista, a pista sentido São Paulo está bloqueada no quilômetro 513, em Igarapé, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eram três quilômetros de filas de congestionamento às 3h30. O segundo bloqueio ocorre desde as 19 horas de quinta-feira (26/7), também na pista sentido capital paulista, no quilômetro 545, em Itatiaiuçu. Até o momento de apuração desta matéria, eram 13 quilômetros de trânsito parado.

No quilômetro 589, em Carmópolis de Minas, a rodovia também foi bloqueada pelos caminhoneiros, mas em ambos os sentidos. Foram contabilizados 9 quilômetros de congestionamento em direção a Belo Horizonte e três quilômetros no sentido São Paulo. Neste trecho, as manifestações começaram por volta das 14 horas de quinta-feira.

No Espírito Santo também há registro de bloqueios realizados por caminhoneiros. O tráfego na BR-101 está interrompido totalmente no quilômetro 374, em Iconha. A Justiça Federal no Espírito Santo havia determinado nesta quinta-feira, que os caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro desobstruíssem as estradas federais do Estado. Na Bahia, há manifestação na BR-020, no quilômetro 206, em Luís Eduardo Magalhães.

As manifestações estão preocupando os produtores rurais de todo o país, já que o transporte de cargas agrícolas é prejudicado durante o período por atraso nos transportes e risco de perdas.

Na rodovia que leva ao porto de Paranaguá, um dos principais portos graneleiros do país, a queda no fluxo de caminhões foi de 38% em relação a quarta-feira, de acordo com a concessionária Ecovia.

A previsão da categoria é que a paralisação se mantenha até que a ANTT atenda as reivindicações dos caminhoneiros. Para o Movimento, o valor do frete praticado no país está "extremamente defasado" e o cartão-frete impede o recebimento em dinheiro e cheques, obrigando os caminhoneiros a usar o cartão em todas as operações, o que faz com que alguns preços subam e exclui alguns autônomos do mercado. A carga horária e o tempo de descanso também estão sendo questionados.

Fonte: Agência Estado

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