A afirmação partiu do deputado federal Valdir Colatto (PMDB/SC), ontem (13/9), durante reunião para debater ações emergenciais para aliviar a crise vivida pelos setores de avicultura e suinocultura em função da alta do custo do milho que chega ao Estado. O evento que aconteceu em Florianópolis foi promovido pela Câmara de Desenvolvimento da Agroindústria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).

Colatto destacou que a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) tem dificuldade de levar o produto para SC porque a burocracia governamental autoriza pagar um valor menor de frete do que o exigido pelo mercado. “E o Ministério da Fazenda não autoriza esse valor, o que acabou causando um apagão de logística no transporte do grão até os Estados que apresentam falta do produto”, afirmou Colatto.

O deputado salienta a necessidade de uma união de forças entre as entidades representativas e parlamentares que buscam uma solução para o problema do setor. “Precisamos nos reunir e reagir, fazer pressão política, assim como faz a indústria automobilística” justificou.

Na reunião, um documento foi entregue ao secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura (MAPA), Caio Rocha. O mesmo será levado à presidente Dilma Rousseff e aos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento. No documento a agroindústria defende medidas de curto prazo, como a adoção do prêmio de transporte do milho, ou seja, um subsídio de R$ 5 para que o insumo, que hoje chega ao Estado a R$ 32, possa ser depositado em SC a R$ 27. Além disso, foi solicitada uma linha especial de crédito para as agroindústrias, cooperativas e produtores, para aquisição de milho e farelo de soja, com fundo garantidor do governo federal.