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BRDE: Banco atinge a marca histórica de R$ 3,9 bilhões

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) encerrou 2012 com motivos de sobra para comemorar


Publicado em: 28/01/2013 às 09:40hs

BRDE: Banco atinge a marca histórica de R$ 3,9 bilhões

A aprovação de crédito do quarto maior repassador de recursos do BNDES na região sul alcançou a marca histórica de R$ 3,9 bilhões, um acréscimo de 78% se a cifra for comparada às aprovações do ano anterior. “Grande parte desse valor foi aprovado no último mês do ano porque os clientes não sabiam se o governo federal manteria o PSI”, explica Carlos Horn, diretor-presidente do BRDE, referindo-se ao Programa de Sustentação do Investimento, que acabou prorrogado – o que traz esperança de bons negócios também em 2013.

A aprovação é o passo inicial para a concretização dos empréstimos, que depois passam pela contratação (incluindo a homologação do BNDES) e, por fim, a liberação dos recursos. O volume contratado no ano passado foi de R$ 2,9 bilhões, 67% superior ao resultado de 2011. Já os recursos liberados totalizaram R$ 1,9 bilhão, um avanço de 19%. Entre os setores que mais cresceram destaca-se o agropecuário, com aumento de 67% e um total de R$ 1 bilhão contratados junto ao BRDE.

A meta da instituição para este ano é fechar contratos em um total de R$ 3,3 bilhões. Atualmente, o banco recebe R$ 3 bilhões do BNDES em duas parcelas semestrais. Horn garante que um processo de capitalização está em andamento para elevar o orçamento anual a um valor entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, a fim de garantir mais fôlego ao caixa e possibilitar maior prospecção de negócios.

Apesar da acirrada concorrência com outros repassadores do BNDES, o BRDE aposta na presença histórica do banco junto a alguns segmentos para manter os bons resultados. “No setor agropecuário nós operamos fortemente e, com certeza, continuaremos. O cliente volta porque já conhece nosso serviço, temos uma história”, acredita Horn. Ele se mostra tranquilo ante a possibilidade de o governo federal encerrar o PSI. “Para saber o que vai acontecer, só com bola de cristal, mas sempre há programas dessa natureza”, sustenta.

Fundo – Durante entrevista concedida a revista Amanhã, em Porto Alegre, Horn saudou a decisão do governo federal de criar o Fundo de Desenvolvimento Regional (FDR). A Medida Provisória 599, anunciada no dia 28 de dezembro, surge como ferramenta para compensar futuras perdas dos governos estaduais com a unificação da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e, assim, evitar a chamada guerra fiscal – concessão de benefícios dadas pelos Estados para atrair investimentos. O FDR fica vinculado ao Ministério da Fazenda e financiará projetos de investimento de diferentes setores. Horn explica que serão compostos conselhos estaduais, cujos representantes ainda estão em aberto para definição do poder legislativo.

O único problema, até agora, é a escolha dos agentes repassadores: por enquanto, apenas os bancos oficiais do governo federal devem ser contemplados com a verba. “Os bancos de desenvolvimento são instituições muito mais próximas aos clientes regionais e governos dos Estados”, acredita o diretor-presidente.

Os valores são interessantes: ao todo, estão previstos nada menos do que R$ 222 bilhões para o país entre os anos de 2014 e 2017, mais R$ 74 bilhões complementares que poderiam ser acrescidos. No ano que vem Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul devem receber R$ 260 milhões do FDR. Como é crescente, em 2016 o repasse deve alcançar os R$ 730 milhões. “Uma parte certamente poderia ser operada pelo BRDE”, defende Horn.

Fonte: Revista Amanhã Online

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