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BNDES vai responder por 65% das futuras concessões

Linhas de crédito, aquisição de debêntures e participação no capital das empresas operadoras são os três principais produtos colocados à disposição do mercado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para financiamento das próximas concessões portuárias no Brasil


Publicado em: 28/06/2013 às 19:20hs

BNDES vai responder por 65% das futuras concessões

O programa de investimentos em 31 portos prevê a aplicação de R$ 54,2 bilhões até 2017- 65% dos quais serão financiados pela agência federal de fomento e o restante pelos governos estaduais e pela iniciativa privada com taxas de juros de longo prazo até 2,5%, carência de até três anos e sistema de amortização de até 20 anos.

"O banco também quer a participação do mercado de capitais nos planos de financiamento dos investimentos para criar mais uma fonte de estímulo, como já aconteceu no setor de construção imobiliária", diz Dalmo dos Santos Marchetti, gerente da área de infraestrutura do BNDES.

Os recursos destinados aos portos estão incluídos no Programa de Investimentos em Logística (PLI), que prevê R$ 183 bilhões em todo o segmento de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, aeroportos e o Trem de Velocidade. Segundo Marchetti, entre 2013 e 2016 o BNDES estima aplicar R$ 35,8 bilhões para o setor portuário.

A maior parcela, de R$ 24 bilhões (67%), deve ser destinada à modernização e ao aumento da capacidade dos terminais, enquanto outros R$ 5 bilhões (14%) serão aplicados no aumento da oferta de terminais de contêineres. Novos portos públicos consumirão R$ 3,9 bilhões e os restantes R$ 3 bilhões correspondem ao investimento público direto em infraestrutura e superestruturas.

O BNDES estabeleceu duas condições no seu modelo de estruturação de financiamento para apoiar os novos investimentos: financiamento corporativo, com garantias reais, garantias pessoais e participação máxima com percentual dos usos financiáveis, e project finance, em que a garantia do empréstimo é o próprio fluxo de caixa do projeto em operação.

Outro produto que também deverá ser aplicado na modernização dos portos é o Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Tem sido muito empregado para financiamento de máquinas e equipamentos novos, incluindo embarcações, aeronaves, vagões e locomotivas, carros de metrô, e para capital de giro associado à aquisição. As condições de financiamento estabelecem taxa de juros de 3% ao ano, até 30 de junho, e 3,5% ao ano, a partir agosto.

A grande expectativa do banco está no programa de aquisição de debêntures no mercado de capitais, em parceria com outros credores, o que deve acontecer depois da concessão do crédito, e na alavancagem de projetos de investimentos portuários por meio de fundos em Private Equity. Nesse último caso, segundo Marchetti, as condições para participação preveem o controle majoritariamente privado, adoção das melhores práticas de governança e liquidez. O banco acredita que o fluxo de tramitação de projetos, desde a carta consulta, apresentação e análise do projeto até o desembolso, o prazo médio será de 180 dias.

Fonte: Canal do Produtor

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