Conforme o Diagnóstico da Cadeia Produtiva do Leite de Mato Grosso, feito pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 92% dos produtores mato-grossenses são considerados de pequeno porte, com produção diária de até 200 litros de leite, e muitos deles encontram dificuldades em contratar financiamentos para investir na produção.

Além de palestras e painéis que discutiram diversos assuntos relacionados à cadeia leiteira de Mato Grosso, o 1º Encontro Aproleite, que está sendo realizado nesta sexta-feira (9.11), no Cenarium Rural, em Cuiabá-MT, também conta com Salas de Crédito de duas instituições financeiras que estão entre as mais representativas do país: Banco do Brasil e Sicredi. No espaço, os bancos apresentam as linhas de financiamento para o setor, taxas de juros, limite disponível e documentação necessária para contratação de crédito.

O gerente de Negócios do Mercado Agro do Banco do Brasil, Brasiliano Borges, explica que a instituição trouxe para o 1º Encontro Aproleite informações sobre o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO Rural) e o Manual de Crédito Rural, uma linha com taxa de juros de 5,6% ao ano. “Nos interessamos em participar do 1º Encontro Aproleite para ficarmos mais próximos dos produtores de leite do estado. Este é o primeiro contato com os produtores, pudemos orientá-los e tirar dúvidas sobre qual a melhor linha que se encaixa nas suas necessidades”, explica.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Leite de Mato Grosso (Aproleite), Alessandro Casado, a maioria dos produtores do estado desconhece as linhas de crédito disponíveis. “Além de apresentar informações sobre produção e mercado, o 1º Encontro Aproleite também trouxe uma oportunidade para os produtores de todo o estado conhecerem os produtos oferecidos por estas instituições financeira num mesmo espaço, com atendimento diferenciado e tempo suficiente para todos os esclarecimentos sobre os procedimentos bancários mais eficazes para contratação de crédito. Com isso, queremos estimular investimentos em tecnologia, equipamentos, genética e custeio de produção”, salienta Casado.

Produtor rural João Oliveira de Souza comenta que aproveitou a presença dos bancos no Encontro Aproleite para tirar algumas dúvidas sobre custeio pecuário e ficou contente ao saber que os juros do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro Oeste (FCO Rural), reduziram para 2,94% ao ano. “Com esta novidade fiquei mais animado para buscar um financiamento. Aproveitei para tirar as dúvidas sobre o processo de contratação”, afirma.

Para o produtor de leite Aldenor de Souza Medrado, a maior dificuldade em contratar crédito junto às instituições financeiras é a alta taxa de juros e a falta de informação. “Os bancos exigem muita documentação e muita burocracia, isso dificulta demais. Gostei muito deste espaço no Encontro Aproleite, pois pude conversar com calma com os representantes dos bancos e comparar qual oferece as melhores condições pois pretendo contratar crédito para investir na reforma de pastagens e em tecnologia”, comenta Medrado.