Publicado em: 09/04/2013 às 14:30hs
Nesse contexto, a participação brasileira tende a representar cerca da metade do volume total de carne de frango importado pela África do Sul, o que corresponde a menos de 15% do consumo local anual.
Não chega a ser muito, mas, mesmo assim, o país está em pé de guerra contra as importações brasileiras. E como uma tentativa anterior visando a coibir essas importações não funcionou (foi liderada por apenas alguns segmentos da indústria avícola), o setor agora utiliza a massa trabalhadora para sensibilizar o governo sul-africano. Na semana passada, o movimento contra as importações brasileiras envolveu até a principal entidade sindical do país – a União Nacional dos Metalúrgicos da África do Sul (NUMSA, na sigla em inglês).
A exemplo do que já fez com os EUA, segmentos da indústria avícola sul-africana insistem na existência de dumping na carne de frango exportada pelo Brasil e tentam frear a entrada do produto no país propondo o aumento das tarifas de importação.
No fim do ano passado perderam o primeiro round da batalha, pois as autoridades sul-africanas não reconheceram o suposto dumping. Mas não houve desistência. Ao contrário, adotou-se nova estratégia, sem dúvida muito mais sensibilizadora que a anterior, pois lança mão da massa trabalhadora. O argumento, agora, é a interferência das importações na geração local de empregos.
A FAWU, central sindical que congrega os trabalhadores na área da alimentação e que, na última quarta-feira, promoveu marcha de protesto encerrada com grande alarde diante da sede do Departamento (Ministério) da Indústria e Comércio, em Pretória, entregou ao governo sul-africano pedido em que reitera a necessidade de intervenção oficial no processo de importação da carne de frango do Brasil.
Falando à imprensa após a entrega do documento, o secretário-geral da entidade, Katishi Masemola, declarou que “a África do Sul tem empresas de renome na indústria de aves” e que elas estão em condições de produzir tudo o que o país consome. Suas palavras finais foram as de que “queremos que o Brasil reduza suas exportações para a África do Sul, pois isso está ameaçando o emprego na indústria avícola sul-africana”.
Clique aqui para acessar (em inglês) o site da FAWU e “sentir o clima” existente na entidade em relação ao frango brasileiro.
Fonte: Avisite
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