Estes pontos fazem parte das variáveis avaliadas no estudo Análise Territorial e Políticas para o Desenvolvimento Agrário, juntamente com a renda da população e o desempenho econômico da produção agropecuária.

A pesquisa foi publicada em um livro, lançado, nesta quarta-feira (10), durante o 9º Momento de Intercâmbio, realizado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A pesquisa foi realizada em parceria entre o IICA, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Núcleo de Estudos Agrários e Desenvolvimento Rural (Nead), do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).

Um módulo da pesquisa permite estabelecer recortes temáticos que combinam biomas, fronteiras agrícolas, interesse ambiental e classes de uso (como assentamentos, quilombos e terras indígenas). Outro módulo da publicação fornece recorte geográfico por município, o que permite a caracterização do local e a geração de informações precisas para políticas de desenvolvimento agrário.

A pesquisa foi coordenada pelo professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Gerd Sparovek. Segundo ele, “a maior descoberta foram as quatro dimensões que devem ser combinadas no mesmo nível de hierarquia nas ações fundiárias”.

O representante do IICA no Brasil, Manuel Otero, avalia que “as variáveis apontadas na pesquisa refletem a heterogeneidade do rural brasileiro e a necessidade de se estabelecer políticas públicas adequadas para essas  diferentes realidades”.

Para o presidente do Incra, Carlos Guedes de Guedes, “o estudo contribuirá para o desenvolvimento da governança fundiária no país”. O conceito utilizado pelo instituto pressupõe o conhecimento da malha fundiária nacional e o melhor direcionamento da ocupação e uso do solo. “A pesquisa é uma importante ferramenta para apoiar os gestores nos processos de análise e avaliação dos territórios e para o planejamento e formulação de políticas públicas”, destaca Roberto Nascimento, diretor do Nead.

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