Publicado em: 13/03/2012 às 09:25hs
Neste mês de março, a Agência Nacional de Águas (ANA) tem enviado equipamentos para a montagem de Salas de Situação para monitorarem os rios de sete estados: Acre, Bahia, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe. As estações também acompanham o volume de chuvas, o que permite que os profissionais das Salas de Situação cruzem as informações com o nível dos rios e avaliem com antecedência as regiões onde podem ocorrer cheias ou secas, evitando perdas humanas e prejuízos econômicos.
A inauguração dos sete centros de monitoramento está prevista para ocorrer até 30 de abril – Alagoas e Pernambuco já possuem Salas de Situação montadas pela Agência e integradas à Sala de Situação da ANA, em Brasília. Cinco estados já receberam da Agência os equipamentos operacionais para a montagem de suas Salas de Situação, como: servidores de alto desempenho, computadores de mesa e portátil, televisores de LCD 55", projetores e tela de projeção, telefones celulares e equipamentos de impressão em grandes e pequenos formatos. A Bahia e o Rio Grande do Norte aguardam o envio dos materiais.
Quando estes centros de monitoramento hidrometeorológico e prevenção a eventos críticos começarem a funcionar, eles terão acesso aos dados das estações telemétricas da ANA já instaladas nos respectivos estados, que informam automaticamente dados hidrológicos e meteorológicos – em média a cada 1 hora – via satélite ou via sinal de celular. Manter o funcionamento das Salas e das redes automáticas de monitoramento, inclusive os técnicos necessários para o trabalho de campo e de escritório, estão entre as contrapartidas estaduais.
Após definir com os estados a quantidade e a posição de instalação de novas estações telemétricas com transmissão de dados via satélite, a ANA começou a enviá-las à Paraíba (4), Piauí (10), Roraima (10) e Sergipe (9). Até o fim de março, será definida a quantidade de estações a serem enviadas ao Acre, Bahia e Rio Grande do Norte. Num segundo momento, estas novas estações serão somadas àquelas da Agência já existentes para alimentarem as Salas de Situação com dados hidrometeorológicos.
A 1ª fase de instalação das estações, quando serão colocadas em operação as principais estações da rede que irão monitorar as áreas mais criticas dos estados, será executada pela ANA em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e as respectivas Secretarias Estaduais, e tem que ocorrer em períodos sem chuvas. Na 2ª fase, que será de responsabilidade dos estados, acontecerá a instalação das demais estações. Durante as atividades de campo, nos pontos de monitoramento, a Agência repassará aos técnicos estaduais todo o conhecimento necessário para manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos.
Trechos de importantes rios serão monitorados pelas Salas de Situação no Piauí (Parnaíba, Poti e Uruçuí-Preto), na Paraíba (Piranhas-Açu, Paraibinha e Piancó), em Roraima (Branco, Iacatu e Uraricoera) e em Sergipe (São Francisco, Poxim, Vaza Barris, Capivara, Piauitinga e Cotinguira).
O plano da ANA é cobrir todo o território brasileiro com Salas de Situação estaduais, com o apoio do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e da Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Nacional.
Monitoramento hidrometeorológico
As Salas de Situação buscam informar a população do estado, com a máxima antecedência, sobre a possível ocorrência de eventos hidrológicos críticos, como chuvas de alta intensidade e inundações dos rios, para que se possa tomar as providências a fim de salvar vidas e reduzir os prejuízos econômicos. Para que esses centros de monitoramento funcionem, é necessário contar com pelo menos: um engenheiro (coordenador), um engenheiro hidrólogo, um meteorologista, um especialista em geoprocessamento e um profissional da Defesa Civil.
A Rede Hidrometeorológica Nacional da Agência possui 4.523 estações de monitoramento, de diferentes tipos, em todo o País. Por meio de sua Sala de Situação, em Brasília, a ANA acompanha as tendências hidrológicas dos principais rios e reservatórios nacionais e desenvolve ações de prevenção que permitem identificar possíveis eventos críticos e adotar antecipadamente medidas para mitigar seus impactos.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social Agência Nacional de Águas (ANA)
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