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Agronegócio dos EUA perde espaço na China

Os Estados Unidos perdem espaço nas exportações do agronegócio para a China neste ano. Após liderarem as importações em 2011, os chineses devem cair para a terceira posição


Publicado em: 24/02/2012 às 17:10hs

Agronegócio dos EUA perde espaço na China

É o que mostram as estimativas de ontem do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) referentes ao ano fiscal de 2012, que termina no fim de setembro. Em 2011, as exportações totais dos EUA foram recordes.

A menor participação dos norte-americanos no mercado chinês se deve ao aumento das vendas do Brasil e da Argentina para o país asiático. O Brasil, além de ganhar mercado na China, ganha também nos Estados Unidos. As exportações brasileiras para os norte-americanos sobem para US$ 4,4 bilhões neste ano fiscal, 27% mais do que no anterior.

As receitas totais dos EUA caem no setor de grãos, à exceção do milho.

Nesse caso, a demanda maior da China vai permitir aos norte-americanos obter US$ 13 bilhões com as vendas externas do cereal, 1% mais do que no ano anterior.

Já no caso do complexo soja, as exportações norte-americanas deverão recuar para US$ 25 bilhões, com queda de 14%. Essa retração se deve à preferência dos chineses pela América do Sul, onde mantiveram compras mesmo após novembro, quando tradicionalmente se voltam para os EUA devido ao final da safra por lá.

A maior perda dos norte-americanos deve ocorrer no óleo de soja, com recuo de 60% nas receitas no ano.

Ao contrário do que ocorre com os grãos, os EUA ganham espaço nas exportações de carnes, cujas receitas devem somar US$ 29,2 bilhões neste ano, 7% mais do que no ano anterior.

Os maiores ganhos vão ocorrer nas exportações de carne de frango, com receitas de US$ 5,8 bilhões. A seguir vêm as de carnes suína (US$ 5,5 bilhões) e bovina (US$ 4,9 bilhões).

Os Estados Unidos elevam os gastos com importações no Brasil devido à alta de preços de açúcar e de café, dois importantes produtos da balança comercial do agronegócio brasileiro.

Os gastos totais norte-americanos sobem 25% nas compras com açúcar e 23% nas com café, estima o Usda.

Fonte: Folha de S.Paulo

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