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Agronegócio brasileiro se defende de ameaças fitossanitárias

Workshop identifica as pragas com maior probabilidade de ingresso no Brasil a partir dos países da América do Sul e seu potencial de dano econômico


Publicado em: 29/03/2012 às 18:30hs

Agronegócio brasileiro se defende de ameaças fitossanitárias

Um encontro, realizado pelo Projeto de Inovação Tecnológica para Defesa Agropecuária (InovaDefesa), debate desde ontem as ameaças fitossanitárias para o Brasil. O Workshop que vai até dia 30 de março, irá identificar as pragas com maior probabilidade de ingresso no Brasil a partir dos países da América do Sul e seu potencial de dano econômico.

Em foco está a fragilidade do sistema de vigilância de fronteiras internacionais, principalmente na região norte do Brasil. Por isso, o trânsito de mercadorias ilegais em virtude do maior fluxo de pessoas nas fronteiras torna-se uma questão estratégica.

Na mesa redonda dessa manhã, a especialista em Sanidade Agropecuária e Inocuidade dos Alimentos do IICA Brasil (SAIA), Lucia Maia, coordenou o tema Análise de Benefício: Custo para políticas de defesa fitossanitária, que destacou a importância de se investir em políticas brasileiras na temática. “A Análise do impacto econômico e benefício custo relacionadas ao controle de pragas é fundamental às políticas públicas de defesa fitossanitária. Instituições de ensino e pesquisa são essenciais para a realização de estudos dessa natureza, respondendo a questões como Qual o potencial impacto econômico, social e ambiental dessas pragas para o Brasil?”, destacou Lucia.

O encontro conta com a parceria da Universidade Federal de Viçosa e da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Espécies regulamentadas - Pelo menos 80 espécies regulamentadas como quarentenárias, ausentes do território brasileiro, estão presentes em países da América do Sul, ou Trindade e Tobago, e tem alto potencial de impacto sobre a agricultura brasileira. O ingresso destas novas pragas pode resultar em perdas expressivas para a produtividade da agropecuária brasileira, com reflexos na necessidade de desenvolvimento de novas tecnologias de controle, bem como, no esforço de controlar a introdução de um novo organismo no País e a perda de mercados externos. É necessário ressaltar que boa parte dessas pragas é regulamentada por países para os quais o Brasil exporta produtos de origem vegetal in natura e a entrada de alguma dessas espécies traria, consequentemente, a perda de mercados externos.

O Workshop de Ameaças Fitossanitárias para o Brasil é destinado a gestores de órgãos oficiais de Defesa Agropecuária, ao setor privado (produtores, indústrias de insumos agrícolas e veterinários e associações que os representam), pesquisadores e interessados em geral. E pode ser acompanhado ao vivo, via internet, no link: http://inovadefesa.ning.com.

Fonte: IICA - Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

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