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Acesso ao FGPP e fundo de aval são medidas propostas para evitar desabastecimento do milho no Estado

O Grupo de Trabalho no RS busca alternativas que garantam o abastecimento de grãos para ração animal,


Publicado em: 13/02/2013 às 12:30hs

Acesso ao FGPP e fundo de aval são medidas propostas para evitar desabastecimento do milho no Estado

O Grupo de Trabalho formado por representantes do Governo do Estado e do Governo Federal para buscar alternativas que garantam o abastecimento de grãos para ração animal, reunido na manhã desta sexta-feira(8), decidiu encaminhar ao Conselho Monetário Nacional (CMN) pedido para que seja liberado, em caráter excepcional para cooperativas e integradoras atuantes na avicultura de corte e suinocultura nos estados que enfrentam problemas de abastecimento, acesso ao Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP), antigo EGF, hoje proibido pelo Manual de Crédito Rural (MCR).

Com isso, segundo os integrantes do grupo, que participaram de teleconferência hoje(8) pela manhã, seria possível colocar os compradores locais em condições de igualdade de competição com os mercados externos, criando mecanismo que evite a exportação do milho produzido no Estado, o que provocaria, num segundo momento, a necessidade de importar o grão do centro oeste, aumentando os custos de produção e provocando investimentos extras do Governo Federal no transporte de estoques que garantam o abastecimento das cadeias de suínos e aves. A medida teria como limite o valor de R$ 50 milhões por tomador ou o valor de R$ 150 mil por integrado.

O grupo, formado por representantes da Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Gabinete do Governador, Cesa, Banrisul, Badesul, BRDE e Banco do Brasil, conta com a disponibilização, pelo sistema bancário, de recursos da ordem de R$ 1 bilhão, para esta linha de crédito, valor suficiente para garantir a aquisição de pelo menos três milhões de toneladas de milho.

Outra reivindicação é de que seja autorizada a constituição de um fundo de aval, com recursos de R$ 100 milhões da União, para viabilizar de forma mais ágil a operação, na medida em que muitas empresas e cooperativas gaúchas que atuam no setor encontram-se no limite de suas garantias, comprometidas por outros empréstimos.

“Estamos correndo contra o tempo”, disse o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, ao justificar os movimentos que começam a ser feitos para a inclusão do tema na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional. “Como o limite entre produção e demanda é muito ajustado e enquanto trabalhamos para estimular o aumento do plantio e da produtividade, precisamos destas medidas emergenciais”, citou Mainardi.

O déficit entre o que o Estado vai produzir e a necessidade do mercado interno, para este ano, é de aproximadamente 800 mil toneladas. “Mas precisaremos importar muito mais do que isso, em função das vendas para fora do Estado que estão sendo feitas, o que além de elevar os custos de produção, também traz perdas tributárias para o governo estadual, que no passado viu evadirem-se cerca de R$ 70 milhões com este passeio do milho”, concluiu Mainardi.

Participaram da teleconferência o secretário Mainardi, o delegado regional do Ministério da Agricultura, Francisco Signor, os diretores do Banrisul, Guilherme Castel e Carlos Roberto Barbieri, o representante do Badesul, Maureci Bereler, o presidente da Cesa, Jerônimo de Oliveira Junior, o representante do Banco do Brasil, Paulo Afonso Pena, o representante da Coordenação de Assessoria Superior do Governador, Vicente Marques, o representante do BRDE, Angelo Menegatt, e o representante da Câmara Setorial do Milho, Adriano Szynkaruk. Em Brasilia, estava o diretor de Economia Agrícola do Mapa, Wilson Araújo.

Fonte: SEAPA RS - Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio

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