Publicado em: 10/08/2012 às 10:20hs
De acordo com o secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, Marcelo Perrupato, a utilização de postos de combustíveis como paradas de repouso para os motoristas de caminhão é uma das possibilidades avaliadas pelo governo.
Tensão - O encontro foi cercado de tensão em razão da rivalidade entre os sindicatos que representam os caminhoneiros e houve protestos em frente à sala de reuniões da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que sediou a primeira rodada de negociações. “Estamos em fase de levantamento de informações. Temos que ver como negociaríamos isso a partir da bandeira concedente”, afirmou o secretário. Perrupato é um dos representantes do Ministério dos Transportes na mesa de negociação implantada nesta quarta-feira (08/08) para discutir as reivindicações dos caminhoneiros.
Reunião - Nesta quarta-feira, o grupo se reuniu pela primeira vez desde o fim da greve da categoria, que durou sete dias e bloqueou rodovias em seis unidades da Federação. A desocupação das estradas foi uma exigência do governo para iniciar o diálogo. Ao fim da reunião, ficou estabelecido que representantes do governo se reunirão semanalmente com os caminhoneiros até o dia 11 de setembro, prazo para o fim das negociações.
Manifestações - Enquanto os líderes das entidades estavam reunidos com o governo, manifestantes do Movimento União Brasil Caminhoneiros (MUBC) gritaram palavras de ordem contra os dirigentes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e da União Brasil Caminhoneiros (Unicam). O MUBC organizou a paralisação dos motoristas, e a CNTA e a Unicam foram contra a mobilização.
Outros problemas - Além de uma solução para a falta de infraestrutura de repouso, serão debatidos problemas como a cobrança do Código Identificador de Operação de Transportes (Ciot) e a concessão do Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC). O Ciot é um documento exigido dos caminhoneiros autônomos. A categoria reivindica que a obrigatoriedade seja estendida também às empresas de transportes. Com relação ao RNTRC, a demanda é que o registro só seja concedido a quem tem o transporte de carga como atividade principal.
Concessões - “Está havendo concessão para todo tipo de atividade econômica, até para lojas de material de construção e vidraçaria. Isso inundou o mercado com mais de 600 mil profissionais e fez cair o valor do frete”, reclamou Nélio Botelho, presidente do MUBC.
Mudanças - Para atender aos pedidos dos caminhoneiros, será necessário alterar resoluções da ANTT. A possibilidade de realizar essas mudanças será o tema da próxima reunião da mesa de negociações, marcada para a semana que vem. De acordo com o secretário de Política Nacional do Ministério dos Transportes, em cada um dos encontros semanais será abordado um tema da pauta de reivindicações.
Fonte: Agência Brasil
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