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Taxação do agronegócio pode comprometer balança comercial, alerta Sistema FAEP

Entidade considera proposta absurda e defende setor agropecuário


Publicado em: 29/01/2025 às 10:35hs

Taxação do agronegócio pode comprometer balança comercial, alerta Sistema FAEP

Há mais de duas décadas, o agronegócio tem sido fundamental para garantir o superávit da balança comercial brasileira. Diante desse cenário, o Sistema FAEP classificou como absurda a proposta de uma taxação transitória sobre as exportações do setor, defendida por integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) com o objetivo de reduzir os preços dos alimentos.

“Essa é mais uma medida descabida. O setor agropecuário tem sustentado a balança comercial do país e não pode ser penalizado pela incapacidade do governo federal de controlar os preços dos alimentos”, afirmou o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette. Ele destacou ainda que os produtores já enfrentam altos custos de produção e o chamado “Custo Brasil”, tornando inviável a implementação de mais uma taxação.

Importância do setor para a economia

Em 2024, as exportações brasileiras do agronegócio alcançaram um recorde de US$ 164,3 bilhões, de acordo com dados da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O setor representou 48,7% do total exportado pelo país, consolidando-se como um pilar essencial para a economia nacional.

“Taxar as exportações do agronegócio não apenas desestabiliza a balança comercial, mas também compromete o planejamento dos produtores rurais. O Brasil é referência mundial em qualidade e produtividade, atendendo tanto ao mercado interno quanto à demanda internacional. Alterar esse equilíbrio pode trazer impactos severos para toda a cadeia produtiva”, alertou Meneguette.

Redução de alíquotas de importação também preocupa

Na semana passada, o governo federal anunciou a intenção de reduzir as alíquotas de importação para, supostamente, baratear os preços dos alimentos no país. O Sistema FAEP já havia se manifestado contra a medida, argumentando que os preços praticados no mercado interno refletem os elevados custos de produção e o impacto do “Custo Brasil”, fatores que não podem ser ignorados em políticas de regulação econômica.

 

Fonte: Portal do Agronegócio

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