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STEPHANES: Governo deve permitir pulverização aérea nas lavouras de soja e algodão

O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) devem publicar nos próximos dias ato conjunto para liberar o uso de substâncias banidas para a pulverização aérea de lavouras de soja e algodão


Publicado em: 14/12/2012 às 13:10hs

STEPHANES: Governo deve permitir pulverização aérea nas lavouras de soja e algodão

O objetivo é construir “uma solução equilibrada” como informou o coordenador-geral de agrotóxicos do Mapa, Luís Eduardo Pacifici Rangel, durante audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados na terça-feira (11/12).

Lamentável - Para o deputado federal e ex-ministro da Agricultura Reinhold Stephanes (PSD-PR), é lamentável que a situação tenha chegado a um ponto tão extremo, mas o importante é que se mantenha a decisão de encontrar uma alternativa satisfatória. “É absolutamente compreensível a indignação que o produtor demonstra. Afinal, ele se orienta pelo pacote tecnológico que se coloca à disposição dele. Mudanças nesse pacote exigem tempo e planejamento para a sua aplicação”, afirma.

Soja - Stephanes lembra que as lavouras de soja ocupam apenas dois por cento do território nacional e que esse fato precisa ser levado em consideração ao se analisar a necessidade de proibição da pulverização aérea das substâncias apontadas como prejudiciais à sobrevivência de abelhas colonizadoras. “O assunto precisa ser amplamente discutido e ao contrário do que vem ocorrendo até o momento, a Embrapa precisa ser envolvida efetivamente nesse processo. Não podemos esquecer que os maiores especialistas da área estão na Embrapa”.

Ingredientes ativos - O uso de produtos agrotóxicos que contenham os ingredientes ativos Imidacloprido, Fipronil, Tiametoxan e Clotianidina está autorizado, em caráter temporário, até o dia 30 de junho de 2013, apenas para as culturas do arroz, cana-de-açúcar, soja e trigo. A soja, no entanto, possui um cronograma de aplicação específico. No Centro-Oeste a pulverização aérea foi autorizada entre 20 de novembro e 1º de janeiro de 2013. No Norte, de 1º janeiro a 20 de fevereiro. No Sul, de 1º de dezembro de 2012 a 15 de janeiro de 2013.

Pulverização única - Ainda no caso específico da soja, a aplicação deverá ser restrita a uma única pulverização aérea durante todo o ciclo da cultura para o controle de pragas agrícolas, em especial, os percevejos. Nas áreas de produção de sementes de soja, foram permitidas duas aplicações.

Prejuízos - De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja do Mato Grosso (Aprosoja), Carlos Henrique Fávaro, as restrições à pulverização podem causar prejuízos na ordem de R$ 900 milhões apenas esse ano e de R$ 4 bilhões até 2020, além de eliminar 220 mil postos de trabalho. Já o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Antonio Portocarrera, afirma que as perdas na produção podem chegar a 90% sem o controle eficiente das pragas.

Fonte: Assessoria de Imprensa do deputado federal Reinhold Stephanes

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