O Exército não atenderá ao pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para auxiliar na remoção do milho estocado na região Centro-Oeste com destino ao Nordeste e Sul do país. A justificativa consiste na inviabilidade técnica e a resposta foi formalmente comunicada ao Mapa.

De acordo com o Ministério da Defesa, não há estrutura para auxiliar a Conab na entrega do grão que precisa deixar a região. O efetivo humano é insuficiente e também não há veículos adequados.

No dia 5 de setembro a Conab havia enviado dados sobre volumes e rotas para o Exército e aguardava um posicionamento. Além da falta de caminhões apropriados para o transporte, outro fator também dificultava a operação: o ensacamento do grão, geralmente transportado em granel.

De acordo com a Conab, a dificuldade em transportar o milho deve-se à redução nos embarques ocasionados pela oferta de cargas nas regiões produtoras.

Ainda segundo a Companhia, entre abril de e setembro deste ano foi realizada a contratação de transporte para atender o Programa de Venda em Balcão, na ordem de 387,2 mil toneladas de milho, com a efetivação do transporte de 208,8 mil toneladas.

Em 14 de setembro, por meio do leilão de fretes, 331/12 foram contratadas mais de 105 mil toneladas, que segundo a Conab, vão ser entregues em até duas semanas.

O leilão último pregão teve 100% dos lotes vendidos e o preço fechou em R$ 33,9 milhões. Alguns lotes registraram desvalorização de 24% em relação ao valor oferecido inicialmente pela Conab. Já no leilão anterior a Conab conseguiu vender apenas 11,7 mil toneladas das 116,8 mil toneladas que havia ofertado uma defasagem de 86,2%.

Do total contratado, a maior quantidade do cereal será destinada para Santa Catarina (32,5 mil toneladas) e para o Rio Grande do Sul (30,2 mil toneladas). Até o final do mês, a Conab contratará entre 70 e 100 mil toneladas a mais, chegando a um total de 600 mil toneladas de grãos destinada ao Programa de Venda em Balcão.