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MAPA: Mendes Ribeiro quer regionalizar política agrícola e defesa

A menos de um mês de completar seu primeiro ano no cargo, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, começa a dar linhas finais ao seu principal projeto à frente da Pasta: a regionalização das ações de defesa agropecuária e política agrícola


Publicado em: 07/08/2012 às 11:20hs

MAPA: Mendes Ribeiro quer regionalizar política agrícola e defesa

O projeto, que será lançado oficialmente no mês que vem, durante a 35 ª Expointer, prevê a criação de superintendências regionais, com equipes específicas voltadas para atender as diferentes demandas de produtores rurais em cada região do país.

Demandas regionais - "Teremos casas do Ministério da Agricultura em todos os Estados, onde serão tratados temas como defesa agropecuária e política agrícola. As demandas de cada região serão analisadas localmente", afirma Mendes Ribeiro. O ministro garante que o plano será a principal marca de sua gestão. "Quero colocar o ministério perto de todos os agricultores". Seu objetivo, afirma, é fortalecer as relações entre a União e os Estados na implementação da política agrícola brasileira. "Estou entusiasmado com a regionalização e a participação dos Estados. Vamos trabalhar em conjunto com cada governador para atender às necessidades locais", enfatizou.

Projeto piloto
- Um projeto piloto será implementado na Região Sul, provavelmente em propriedades da região de Rosário do Sul, Bento Gonçalves e Bagé. O objetivo é criar mecanismos para melhorar a produtividade e renda desses produtores, com a adoção de práticas agrícolas mais modernas. "A ideia é ter um modelo que possa ser facilmente replicado em qualquer região do país", explica.

Embrapa e Conab - O ministro destacou que órgãos vinculados ao ministério, como a Embrapa e a Conab, terão papel essencial na implementação das ações em cada região.

Exemplo - Um exemplo de regionalização é o acompanhamento da vacinação de rebanhos contra a febre aftosa. Regiões onde os riscos de contaminação dos rebanhos são maiores, como as áreas de fronteira no Sul e no Centro-Oeste, poderão ter tratamento diferenciado das demais.

Crédito e seguro específicos
- A mesma estratégia também deverá ser implementada para atender a agricultores com crédito e seguros específicos para sua produção e de acordo com as características específicas de suas regiões.

Fortalecimento
- O ministro defendeu o fortalecimento das relações entre a União e os Estados na implementação da política agrícola brasileira. "Podemos definir prioridades e agir rapidamente em uma região com as demandas analisadas caso a caso. É importante que o Ministério da Agricultura esteja sempre trabalhando ao lado do produtor", afirmou Mendes.

Organização - A criação de regionais é vista como uma forma de "organizar" melhor o trabalho e estabelecer políticas mais coerentes com as necessidades de cada local. Ele cita como exemplo o fato de todo ano o governo realizar inúmeros leilões de transporte de milho do Centro-Oeste, onde a demanda é pequena, para regiões onde há escassez. "Podemos começar a estimular o plantio de milho e outras culturas em regiões que sofrem com a falta do grão. Assim, ela será autossuficiente e não ficará sem o produto", explica.

Secretário responsável
- O programa prevê a criação de um secretário responsável por cada região do país. "Terei cinco secretários e a responsabilidade de toda a inspeção e fiscalização muito mais próxima. Terei muito mais controle do que acontece. E essa secretaria vai ficar subordinada à secretaria-executiva", explica Mendes Ribeiro.

Técnicos - O ministro avalia que as novas posições devem ser obrigatoriamente preenchidas por técnicos. Todos os funcionários deverão ser de carreira e será obrigatória a realização de um curso preparatório. "Nem todo servidor será obrigado a fazer o curso, agora o servidor que não fizer não será coordenador", diz.

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA DA OCEPAR/SESCOOP-PR

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