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Lobão diz que redução de 20% na tarifa está garantida

O governo voltou a formar uma linha de frente para espantar os rumores sobre o risco de o Brasil ter que enfrentar em 2013 novo racionamento de energia


Publicado em: 10/01/2013 às 18:50hs

Lobão diz que redução de 20% na tarifa está garantida

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, enfatizou que o Brasil tem estoque de energia suficiente e alternativas a recorrer para passar pelo período de estiagem nas bacias dos rios que alimentam os reservatórios das principais hidrelétricas.

Ao abrir entrevista concedida à imprensa, o ministro fez questão de ressaltar que o encontro do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), ocorrido ontem, não tinha caráter emergencial. "Na reunião, prevaleceu a tranquilidade reiterada de que o país está em condições de atender todas as nossas necessidades", disse Lobão.

Outro assunto que tem incomodado o governo está relacionado ao alto custo térmicas que estão funcionado a todo o vapor para compensar baixa na geração hídrica. O ministro reafirmou ainda que está preservado integralmente o desconto médio nas contas de luz programado para fevereiro e garantido graças ao corte na remuneração da elétricas na renovação dos contratos de concessão por mais 30 anos e ao corte dos encargos no setor previstos na Medida Provisória 579/2012. "Essa redução acontecerá a partir do próximo mês. Não é de menos, será de 20%", disse ao renovar a promessa do governo.

Lobão considera que a recomposição dos níveis adequados dos reservatórios deve ocorrer nos próximos meses. "A partir de janeiro teremos chuvas em todas as partes do país", salientou o ministro. Ele fez questão de ressaltar ainda que o país dispõe de mais de 100 mil megawatts (MW) de capacidade de geração.

Durante a entrevista concedida a jornalistas, Lobão disse também que a indústria não será afetada por nenhuma baixa na oferta de energia elétrica. "A produção industrial, absolutamente, não será afetada", disse. Ele negou ainda haver problemas com a escassez de gás natural no país, tanto para o atendimento da indústria que utiliza o produto como insumo na produção como para a térmicas na demanda pela geração de energia. O ministro desconsiderou as declarações de que está ocorrendo transferência de parte do gás usado no país da indústria para térmicas.

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, também esteve ao lado do ministro na tentativa de acalmar os ânimos sobre o risco de racionamento e alta repentina das contas de luz. Ele amenizou o impacto do despacho das usinas térmicas sobre o preço da energia. "O custo maior ao consumidor seria o desabastecimento", disse ao defender uma das premissas do modelo que prevê o uso da geração de energia mais caras nos momentos que não houver água suficiente nos reservatórios.

Chipp acredita que, caso sejam confirmadas as previsões dos institutos meteorológicos, deverá haver uma redução dos despachos de térmicas no país antes do fim de abril. Por enquanto, a falta de chuvas no Nordeste, segundo ele, não preocupa o governo.

Ao longo desde ano, o país pode continuar utilizando as usinas térmicas, o que deve representar um gasto adicional de R$ 400 milhões por mês, na média. Esse valor, segundo ele, é repassado para o consumidor, o que pode resultar na contabilização de aumento da energia da ordem de 2% a 3% no fim deste ano.

Chipp reconheceu que medidas podem ser tomadas para minimizar o custo das térmicas. Sem dar detalhes, ele disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai analisar alternativas para que essa despesa seja "rateada".

Fonte: Idea Online

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