Em 2024, a agricultura familiar e a infraestrutura rural do Norte de Minas receberam um significativo apoio com a doação de máquinas e implementos agrícolas, beneficiando associações comunitárias de 141 municípios da região. O investimento, superior a R$ 130 milhões, foi possibilitado por meio de emendas parlamentares e executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em parceria com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

A iniciativa visa fortalecer a mecanização agrícola, reduzir os custos de produção e impulsionar a economia rural, impactando diretamente pequenos produtores. Foram entregues tratores, retroescavadeiras e outros implementos essenciais para o preparo do solo e para melhorias na infraestrutura municipal.

O superintendente da 1ª Superintendência Regional da Codevasf em Minas Gerais, Marco Câmara, destacou que o investimento faz parte da missão da Companhia em promover o desenvolvimento regional sustentável. "Nosso trabalho busca estruturar as cadeias produtivas e fortalecer a economia da região, garantindo melhores condições para os agricultores familiares", afirmou.

A Associação Quilombola de Vargem Grande, no município de Bonito de Minas, foi uma das entidades contempladas. Sua presidente, Cristiana Alves de Melo, ressaltou a importância dos equipamentos para a comunidade. “Com esses tratores e implementos, nossas atividades se tornaram mais eficientes, reduzindo as perdas causadas por períodos prolongados de estiagem”, explicou.

Cristiana ainda mencionou que a doação beneficiou diretamente 60 famílias, que dependem da agricultura familiar para sua subsistência. A produção de milho, feijão catador, mandioca e outras culturas dobrou, ampliando o abastecimento local e atendendo, especialmente, ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

A economista doméstica Kelly Teodoro, responsável pela Unidade Regional de Apoio à Produção da Codevasf, enfatizou que iniciativas como essa proporcionam melhores condições de vida para milhares de pessoas que residem na zona rural. "O aumento da área cultivada pela agricultura familiar impulsiona a geração de renda e contribui para a redução da desigualdade social e da pobreza no meio rural", concluiu.