Publicado em: 28/03/2025 às 10:48hs
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que não há motivo para revisar a estimativa de crescimento de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, mesmo após o Banco Central ter reduzido suas projeções para o indicador.
"Continuamos com a previsão de crescimento da economia brasileira conforme estabelecido na Lei Orçamentária", declarou Haddad durante entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda. Ele reiterou a confiança do governo em um crescimento acima de 2%, ressaltando que cada instituição adota metodologias próprias para suas projeções. "Os dois órgãos são muito sérios e têm total liberdade para fazer seus prognósticos. No entanto, previsões econômicas são sempre aproximações."
O ministro destacou ainda que as estimativas da Fazenda têm demonstrado aderência à realidade econômica do país.
Na manhã desta quinta-feira, o Banco Central revisou sua projeção de crescimento econômico do Brasil para 2025, reduzindo-a de 2,1% para 1,9%. A pesquisa Focus mais recente, que reflete a opinião do mercado, aponta uma previsão de crescimento de 1,98% para o próximo ano.
Indagado sobre críticas de integrantes do governo ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, Haddad negou qualquer desalinhamento entre suas declarações e as do dirigente da autarquia. Mais cedo, Galípolo afirmou que, desde 2024, tem exercido um papel mais ativo nas decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e enfatizou que as últimas resoluções do colegiado têm sido tomadas por unanimidade. "Nosso objetivo comum é cumprir o novo regime de metas", pontuou Haddad.
Sobre as declarações do vice-presidente Geraldo Alckmin, que sugeriu a exclusão dos preços de alimentos e energia do cálculo da inflação, Haddad explicou que o Banco Central já adota esse tipo de análise em seus relatórios.
"Quem calcula a inflação é o IBGE, seguindo uma metodologia consagrada. O Banco Central, por sua vez, avalia os núcleos de inflação e frequentemente desconsidera a volatilidade de determinados preços. Essa análise já leva em conta fatores sazonais e impactos de choques externos, como condições climáticas", concluiu o ministro.
Fonte: Portal do Agronegócio
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