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Haddad descarta taxar big techs em resposta a tarifas dos EUA sobre o aço

Ministro da Fazenda nega retaliação e reforça postura cautelosa do governo brasileiro


Publicado em: 10/02/2025 às 18:20hs

Haddad descarta taxar big techs em resposta a tarifas dos EUA sobre o aço

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira (data) que o governo brasileiro esteja considerando taxar plataformas digitais norte-americanas caso o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficialize o aumento das tarifas sobre importações de aço e alumínio. A possibilidade foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo.

No domingo, Trump declarou que pretende impor uma nova tarifa de 25% sobre todas as importações desses produtos para os EUA, intensificando sua política comercial protecionista. O Brasil, um dos principais fornecedores de aço para o mercado norte-americano, poderia ser diretamente impactado.

"Para não deixar dúvidas, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia caso os Estados Unidos imponham tarifas ao Brasil", afirmou Haddad em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).

O ministro destacou que o governo brasileiro só se manifestará com base em decisões concretas, evitando reagir a anúncios que podem ser "mal interpretados ou revistos". "Vamos aguardar a orientação do presidente", acrescentou.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o governo federal adota uma postura de cautela diante das declarações de Trump e avalia que o melhor caminho é evitar um confronto comercial direto com os EUA.

A discussão sobre a taxação de plataformas digitais estrangeiras não é recente. Em setembro, o Ministério da Fazenda informou que poderia encaminhar ao Congresso uma proposta de tributação das "big techs" caso houvesse frustração de receitas no orçamento.

De acordo com a Folha, a avaliação é de que essa medida poderia ser implementada rapidamente, caso Trump amplie sua guerra comercial global e atinja o Brasil.

Consultado pela Reuters, o Palácio do Planalto afirmou que não vai comentar o assunto no momento. Os Ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços também não responderam imediatamente aos pedidos de posicionamento.

Fonte: Portal do Agronegócio

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