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Governo incentiva apostas no Sudão do Sul

O governo brasileiro deu início a um trabalho voltado a criar as condições necessárias para que companhias nacionais comecem a tatear o mercado do Sudão do Sul.


Publicado em: 27/05/2013 às 19:10hs

Governo incentiva apostas no Sudão do Sul

O Brasil foi um dos primeiros países a reconhecer em 2011 a nação africana, a mais jovem do mundo e que surgiu de uma cisão com o Sudão após anos de conflitos. À época, o governo brasileiro já pensava nas oportunidades que surgiriam com a independência do país. E agora quer começar a colocar o plano em prática.

O Ministério das Relações Exteriores prepara, por exemplo, a realização de um seminário sobre oportunidades de negócios e investimentos na Etiópia, no Djibuti e no Sudão do Sul. O evento será realizado na primeira semana de junho em Adis Abeba, capital da Etiópia. Por ser sede da União Africana, a cidade poder ser usada como uma vitrine pelas empresas brasileiras a representantes de todos os países do continente. Além disso, na visão do governo brasileiro, há boas oportunidades nos setores de laticínios, couro e máquinas no mercado etíope.

O Djibuti conta com um dos principais portos da África. Já o Sudão do Sul é rico em recursos naturais. Era responsável por grande parte da produção da maior parte do petróleo do antigo Sudão. Mas agora depende da infraestrutura do norte para exportar a commodity. Em princípio, um acordo permitiria o transporte de petróleo por meio da infraestrutura do Sudão. No entanto, o tema ainda faz parte das controvérsias existentes entre os dois países. A região é uma zona instável.

O Sudão do Sul precisa de investimentos em infraestrutura e demanda produtos importados de todos os tipos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, entretanto, o Brasil atualmente não mantém relações comerciais com o país africano. O Sudão do Sul quer também criar sua própria companhia aérea, o que já impulsionou os contatos entre o governo brasileiro e a Embraer sobre o assunto.

Segundo o próprio governo sul-sudanês, os parceiros para o desenvolvimento do país são: Banco Mundial, Nações Unidas e os governos de Suécia, Canadá, Noruega, Holanda, Reino Unido, União Europeia, Estados Unidos, Alemanha, Japão e Espanha. O Sudão do Sul não é alvo das mesmas sanções internacionais que o Sudão, e governo do presidente Salva Kiir Mayardit já expressou ao Itamaraty a vontade de estabelecer uma embaixada em Brasília.

Já demonstraram interesse em participar do seminário organizado pelo Itamaraty empresários de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Um voo entre Etiópia e Brasil deve ser criado em julho, o que, na visão do governo brasileiro, pode facilitar os negócios entre o país e a região africana.

Fonte: Canal do Produtor

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